Um veículo Gol, furtado em Salvador em dezembro de 2005, foi encontrado nesta sexta-feira (2), em Ilhéus. O carro foi encontrado durante uma fiscalização da Polícia Rodoviária Federal. Sob a coordenação do policial Marcus França, chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização da Delegacia de Itabuna, a operação contou com agentes federais lotados na Delegacia 5 e teve como objetivo identificar fraude veicular relacionados a adulteração, a clonagem, a receptação, o furto, o roubo, o uso documento falso e demais ilícitos. França, que também é membro do Grupo de Enfrentamento às Fraudes Veiculares, ressalta que as ações com essa temática são realizadas com frequência e já apresenta resultados satisfatórios no combate a roubo/furto de veículos automotores e adulteração dos sinais identificadores, além da falsificação documental. Nas ações foram identificados 14 veículos que apresentavam fraude nos seus elementos de identificação. Cinco automóveis (Uno/HB20/Astra/Palio/Strada) que possuíam registro de roubo foram recuperados. Para tentar atrapalhar fiscalizações da polícia, os veículos ostentavam placas trocadas, porém a expertise do policial, capacitação e treinamento em fraude veicular, foi possível constatar às adulterações e identificar os veículos originais. Muitos desses veículos não possuem seguro e quando são devolvidos aos seus legítimos proprietários eles se sentem extremamente agradecidos com a ação policial. Também foi recuperada uma caminhonete Strada com registro de apropriação indébita. Já um Gol furtado com registro de furto, na capital baiana, datado de dezembro de 2005, foi recuperado pela equipe. Foram também recuperadas oito motos de diversos modelos. Um motor foi apreendido. A PRF alerta que muito desses veículos são vendidos bem abaixo do valor de mercado e são oferecidos em redes sociais da internet, multiplicando o lucro da associação e tornando rentável o negócio, alimentada pelo comércio ilegal desses veículos clonados. O crime de fraudes veiculares resulta em múltiplas vítimas e está dividido em três fases distintas: o roubo, a adulteração e a revenda. Na primeira fase temos claramente identificada a primeira vítima, que é a pessoa que teve seu veículo furtado ou roubado e, neste último caso, frequentemente com o uso de violência por parte dos criminosos. Na segunda fase, a adulteração, os criminosos trocam a identificação do veículo e seus documentos para que pareça ser um veículo regular, também conhecida como clonagem. Neste momento o veículo recebe placas de outro veículo idêntico e o proprietário desse veículo, que se encontra em situação regular, torna-se a segunda vítima dos criminosos pois passa, muitas vezes, a receber multas de trânsito por infrações relacionadas ao veículo clonado. A terceira e última fase é a revenda, alimentada pelo comércio ilegal desses veículos clonados, muitas vezes negociados em sites na internet por valores inferiores ao preço real do veículo. Nesta terceira fase do crime temos a terceira vítima em potencial, o comprador que, inadvertidamente, passa a ter a posse do veículo clonado.
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