As fortes chuvas que ocorreram no sul da Bahia provocaram um enorme prejuízo aos hospitais Calixto Midlej Filho e Manoel Novaes, da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna. O temporal causou a destruição de telhados, mobiliários, equipamentos e prontuários de pacientes que estavam em fase de processo de digitalização. O prejuízo inicial foi estimado em mais de R$ 700 mil. A situação mais grave ocorreu no Hospital Manoel Novaes, que está situado ao lado do Riacho Água Branca, que corta os bairros Santa Inês, São Roque, Antique e Fátima. A água do riacho subiu rapidamente na noite de domingo (1º) e inundou o prédio do Serviço de Arquivamento Estatístico (Same), onde estavam prontuários dos pacientes. Uma das salas abrigava uma enorme quantidade de prontuários médicos que estavam sendo catalogados para digitalização. Não houve tempo para a retirada do documento do local. “Infelizmente, documentos de mais de 20 anos foram destruídos pela água da chuva, que derrubou as prateleiras e arrastou documentos e mobiliários. Foi tão forte que arrastou um carro nas redondezas”, observa o diretor administrativo da SCMI, Wagner Alves. A água da chuva também destruiu computadores, geladeiras, mesas, cadeiras, dentre outros mobiliários. “O nível da água subiu demais. Para se ter uma ideia, perdemos computadores que estavam em cima das mesas de escritório. A água subiu até 90 centímetros e destruiu tudo que estava nas salas, inclusive os documentos”, ressalta Wagner Alves. Nesta quarta-feira (4), ele registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil. O temporal também danificou geradores, telhados das unidades e rede de comunicação (rede de cabos internos) do HCMF. “Uma árvore caiu na rua Antônio Muniz, perto do Calixto, e nossos geradores não puderam ser acionados porque, embora tivessem com a manutenção atualizada, sofreram problemas com água e tiveram suas baterias estouradas. Isso atrasou os serviços de hemodiálise no período da manhã de segunda-feira (2)”. Wagner Alves destaca que, apesar dos prejuízos, a Provedoria da SCMI está fazendo um esforço muito grande para manter todos os serviços nos dois hospitais. “Mas também precisamos do apoio do comércio, de outras instituições e da Prefeitura de Itabuna para que não ocorra interrupção da assistência que oferecemos nas nossas unidades. Há casos que vamos ter de substituir todo o telhado. Talvez os prejuízos superaram os R$ 700 mil”, finaliza.
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