Depois que você terminar de ler este texto e tomar um cafezinho, um jovem negro terá sido morto no Brasil. É este o país que expõe o relatório final da CPI do Senado Federal sobre o Assassinato de Jovens. De acordo com este relatório, todo ano, mais de 23 mil jovens negros de 15 a 29 anos são vítimas de homicídio. São 63 por dia. Um a cada 23 minutos. No enfrentamento a tal cenário, ocorre sexta-feira (20) em Ilhéus a primeira edição da Marcha Crespa pela Paz e Justiça contra o genocídio da juventude negra. O movimento, na data de celebrações relacionadas ao dia da Consciência Negra, terá concentração na Praça da Urbis (Hernani Sá), às 14 horas, com percurso pela avenida Lótus, Pontal, Ponte Nova, Soares Lopes, Comércio, Praça Cairu, finalizando no anexo da Prefeitura. “Todos os anos são assassinadas no país 30 mil pessoas, 23 mil são jovens negros, iguais a mim. A Marcha Crespa pretende mostrar que preconceitos aumentam a discriminação racial e fazem com que nós jovens negros sejamos as principais vítimas. Precisamos de políticas públicas enquanto solução a este infeliz cenário”, afirma Vinícius Vieira, membro da Coordenação da marcha. Um dos idealizadores da mobilização, o Coletivo de Juventude Negra Baiana busca chamar a atenção da sociedade para o assunto e influenciar o poder público local a definir políticas em favor dessa população. Segundo uma pesquisa realizada pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e pelo Senado Federal, 56 por cento da população brasileira concorda com a afirmação de que “a morte violenta de um jovem negro choca menos a sociedade do que a morte de um jovem branco”. Mais informações podem ser obtidas pelo WhatsApp (73) 98106-7662 ou Instagram @_afroafeto
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