O material apreendido pela Polícia Federal na casa da falsa enfermeira Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas é soro fisiológico (solução cloreto de sódio), conforme aponta o resultado do laudo da perícia divulgado nesta quinta-feira (1). A informação foi confirmada pelo site O Tempo com uma fonte ligada às investigações. Em nota, a assessoria de comunicação da corporação informou que “o laudo pericial concluiu ser soro fisiológico o material periciado”. A mulher que teria vacinado mais de 80 pessoas clandestinamente contra a Covid-19 dentro da garagem de uma das empresas ligadas à Saritur, na noite do dia 23 de março, em Belo Horizonte, teve a sua prisão em flagrante homologada e convertida em preventiva. O pedido foi feito pelo delegado Rodrigo Morais Fernandes, responsável pelas investigações. Cláudia é cuidadora de idosos e se apresentou como enfermeira para os empresários e irmãos Rômulo e Robson Lessa. Os dois admitiram à Polícia Federal terem comprado ilegalmente as vacinas e organizado a imunização que seria contra a Covid-19. Todos os vacinados pagaram R$ 600 pela aplicação das duas doses por meio de transferências bancárias via PIX para a conta de Igor Torres de Freitas, filho de Cláudia. Durante as buscas na casa dela, realizada na terça-feira (30), os agentes da Polícia Federal também encontraram caixas de isopor, seringas, agulhas, luvas cirúrgicas, embalagens vazias de vacina contra a gripe e comprovantes de vacinação, escritos à mão, indicando a aplicação de imunizante da Pfizer, mas sem nenhuma evidência de que seria realmente do laboratório. Com o resultado do material periciado, uma das três linhas de investigação da Polícia Federal ganha força à medida que a operação Camarote avança. Os imunizantes aplicados não seriam contra a Covid-19, mas sim falsificados. As outras duas possibilidades consideradas pela polícia são de que as vacinas tenham sido importadas ilegalmente ou desviadas do Ministério da Saúde. Cláudia de Freitas já tem passagem por furto e segundo a PF também teria comercializado as vacinas ilegais para outras pessoas, além dos investigados na operação Camarote.
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