Após uma jovem de 24 anos desistir de dar prosseguimento à denúncia contra Carlos Samuel Freitas Costa Filho, que já responde a uma ação penal ao ser flagrado desferindo 11 socos na ex-namorada, em Ilhéus, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) concluiu que a mulher foi coagida a interromper o procedimento. Desde forma, o promotor de Justiça José Botelho Almeida Neto ofereceu, em 16 de abril, denúncia contra Carlos Samuel, que foi aceita uma semana depois, pela juíza Emanuelle Vitae Leite Armede, da 1ª Vara Criminal de Ilhéus, que deu dez dias para o denunciado apresentar defesa por escrito nos autos do processo. No ano passado, quando a jovem, 16 de outubro, ao prestar depoimento, comunicou que havia desistido de dar prosseguimento às denúncias, ainda na fase de inquérito. De acordo com ocorrência lavrada em 19 de março na DEAM de Ilhéus, Carlos Samuel e a suposta vítima tiveram um relacionamento de quatro meses durante o ano de 2019, mas, após o término, o réu voltou a procurar a ex por meio de mensagens de Whatsapp e, segundo o MP-BA, a teria ameaçado fisicamente de agressão. À época, o promotor Maurício Pessoa Gondim de Matos enviou petição à 2ª Vara Criminal de Ilhéus para solicitar o arquivamento das peças processuais e o encerramento do feito, em razão da desistência da vítima. No entanto, após a conclusão do inquérito, com a realização de diligências complementares, o MP-BA constatou, ao ouvir testemunhas, que a jovem teria sido, na verdade, coagida pelo próprio acusado a encerrar a denúncia. Desta forma, para o promotor José Botelho Almeida Neto, acatar a renúncia seria compactuar com uma provável intimidação da vítima. Ainda de acordo com ele, a desistência aconteceu apenas após vir à tona, em rede nacional, o caso envolvendo Samuel e outra ex-namorada, em que ele foi flagrado desferindo socos no rosto da mulher, o que levou à decretação da prisão preventiva dele. “Não obstante, os predicados pessoais de Carlos Samuel não lhe favorecem, já que o evento delitivo não foi um caso isolado em sua vida”, disse o promotor, ao listar outros três casos de agressão à ex-namoradas, bem como o episódio de agressão e ameaça à própria mãe. Atualmente, em razão da agressão noticiada em rede nacional, Carlos Samuel está cumprindo prisão preventiva em Ilhéus.
Um comentário:
Primeiro, se Lei Maria da Penha servisse, Brasil não seria o campeão de feminicídios e outra, essa desgraça desse Carlos só vai parar quando achar um parente retado dessas vítimas dele.
Postar um comentário