Há 2 anos, Raio A sequestrava e matava jovem em Itabuna

Na tarde do dia 19 de maio de 2019, chegava ao fim as buscas de uma avó pelo seu neto em Itabuna. Estamos falando do caso do jovem Gabriel Nunes, que não tinha nenhum envolvimento com o mundo das facções da cidade, mas acabou sendo sequestrado no início daquele mês quando passava pelo bairro que residia, o Santo Antônio, na zona norte. Homens em um carro, provavelmente, o confundiram com algum rival e o levaram a força. Daí então os parentes do rapaz entraram em desespero a procura dele. A avó, que morava com ele, procurou as rádios e emissoras de TV daqui da cidade, além de fazer um boletim de ocorrência. O pânico aumentou quando os psicopatas de facções começaram a mandar mensagens dizendo que, por meio de pagamento, falariam aonde estava o corpo do rapaz. Depois desistiram do dinheiro e começaram a mandar fotos do rapaz morto, provocando terror psicológico com os entes queridos. E, por último, disseram que ele estava enterrado no campo do bairro Corbiniano Freire (Pau Caído). O DPT foi ao local e não achou nada; Mas depois de um apelo emocionante da avó pedindo para enterrar o corpo do neto, por que ela tinha esse direito, os assassinos então tiveram um momento de compaixão, e resolveram desovar o corpo de Gabriel no final da tarde de 19 de maio;O local da desova foi no final da avenida Itajuípe. Populares viram a desova sendo feita por condutores de um carro, modelo até hoje não identificado, e resolveram acionar a Polícia Militar. Ao chegarem na cena do crime, os opoliciais perceberam que se tratava de um corpo dentro de um saco e acionaram o DPT. Os peritos abriram o saco e se depararam com uma situação macabra. O corpo do jovem estava decapitado, uma total covardia. Na época do crime, foi informado que os bandidos que desovaram o corpo de Gabriel fugiram sentido bairro Novo Horizonte, que é dominado pela facção Raio A. O Santo Antônio, onde a vítima morava é dominado pelo DMP e, talvez por isso, o sequestro teria acontecido. Só que os marginais pegaram o primeiro que viram pela frente, sabendo eles que qualquer bairro não tem só bandidos iguais a eles. Até hoje, nenhum marginal foi preso pelo crime bárbaro, mostrando a impunidade que rola solta no município.