A situação financeira da Santa Casa de Misericórdia preocupou onze vereadores de Itabuna que visitaram o Hospital Calixto Filho na sexta, 21. Os gestores revelaram saldo negativo tanto no financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na captação de recursos privados, na conta receitas menos custos. No caso específico dos convênios particulares, informou o diretor administrativo Wagner Alves, o prejuízo em 2020 superou a cifra de R$ 2 milhões e "pela primeira vez [em 104 anos da instituição filantrópica] fechamos no vermelho. Segundo os técnicos da Santa Casa, o sufoco orçamentário em 2020 agravou-se, entre outros fatores, porque "ficamos sem poder realizar cirurgias, uma de nossas fontes mais rentáveis. A suspensão dos procedimentos cirúrgicos ocorreu em virtude da pandemia de Covid-19. Outro fator desfavorável para o hospitalar filantrópico veio com o encarecimento de insumos médicos como os anestésicos que saltaram de R$ 7 para R$ 252, aumento de 3.500%. No tocante ao financiamento público, o provedor Francisco Valdece apontou a defasagem da tabela do SUS. Os valores pagos pelos serviços médico-hospitalares contratados na rede privada estão sem reajuste há 19 anos. Diante desse quadro financeiro desfavorável, os vereadores estudam a criação de uma frente parlamentar em defesa da Santa Casa. A ideia é pedir que senadores, deputados federais e estaduais destinem verbas para a Santa Casa através dos orçamentos da União e da Bahia. O argumento dos vereadores terá como base a informação da Santa Casa itabunense de que a instituição é o segundo maior prestador do SUS na Bahia, superado apenas pelas Obras Sociais Irmã Dulce em Salvador. "Itabuna sempre foi referência em saúde. A gente não pode perder isso por falta de esforços dos políticos, destacou o presidente da Câmara, Erasmo Ávila (PSD). Na visita, os vereadores elogiaram os atendimentos obstétricos do Hospital Manoel Novaes, diminuindo inclusiva as denúncias por parte das gestantes de Itabuna. O presidente da Comissão de Saúde do Legislativo itabunense, Francisco (PSD), comemorou a reabertura do Hospital São Lucas anunciada pela Santa Casa para atendimento integral pelo SUS. O vereador Luiz Júnior da Saúde (DC), que é enfermeiro na Santa Casa, destacou o atendimento humanizado dos profissionais que atuam na Santa Casa mesmo em meio às dificuldades financeiras da instituição que acabam atingindo também os funcionários. Kaiá da Saúde (Avante), ex-funcionário da Santa Casa onde passou 18 anos, também endossou o compromisso humano de quem trabalha nos hospitais mantidos pela entidade filantrópica. Os parlamentares também fizeram sugestões relacionadas a serviços como oncologia e hemodiálise. Na opinião de Cosme Resolve (PMN), é necessário que a população mais pobre se sinta mais acolhida". Nessa mesma linha, Manoel Porfírio (PT), recordando os mutirões de saúde, enfatizou que a Santa Casa precisa se comunicar melhor com a classe baixa para "tirar a imagem de hospital privado, e adotar a de filantrópico. Israel Cardoso (PTC) comprometeu-se em buscar mais recursos em Brasília, mas solicitou à Santa Casa atenção especial aos pacientes oncológicos com a reforma da enfermaria.
Um comentário:
Essa casa de Santa não tem nada.
Onde estar os maiores salarios, entre provedor e companhia.
Vai estar sempre no vermelho.
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