O bloqueio dos acessos às areias das praias por parte da Prefeitura de Maraú causou uma briga com agressão física, na noite deste sábado (5), em Barra Grande. O desentendimento ocorreu quando o empresário Herbert Moreira Dias, conhecido como Beto Meira, dono dos Supermercados Meira e que possui imóveis em Barra Grande, retirava, com o apoio de prepostos e uma motosserra, um dos acessos bloqueados pela prefeitura. Carlos Alberto Amaral Novaes, mais conhecido como Fernando Amaral, 49 anos, foi agredido com socos e teve seu nariz fraturado. A agressão aconteceu quando a vítima, acompanhada de seu esposo, foram avisar a um empresário que estava destruindo um bloqueio feito de madeira que servia para impedir o acesso de carros e quadriciclos a faixa de areia da praia, colocado pela prefeitura de Maraú. Ao se aproximar de Beto, a vítima foi agredida com socos e com xingamentos homofóbicos. Toda ação violenta foi gravada pelo marido da vítima e postada nas redes sociais. A notícia da agressão revoltou à população de Barra Grande que através de grupos de WhatsApp e por comentários no Facebook, prestaram apoio e solidariedade a vítima. Fernando Amaral foi encaminhado ao plantão do Posto de Saúde de Barra Grande e posteriormente à Ilhéus para fazer mais exames. De acordo com informações de Lucas, que é marido da vítima, o agressor teria acusado o casal de ser o autor do fechamento do acesso de veículos a praia. Os xingamentos homofóbicos foram testemunhados por hóspedes da casa da vítima e vizinhos. A prefeitura municipal, através das Secretaria de Turismo e Infraestrutura, informou que vai acionar a Polícia Civil e a Justiça para apurar os danos ao patrimônio público para que o prejuízo à sociedade seja ressarcido. Fernando deve registrar o boletim de ocorrência e acionar o Ministério Público. O empresário é membro da Apema – Associação de Amigos da Península de Maraú que disse lamentar e repudiar incondicionalmente atitudes dessa natureza e apoia todas as ações vindas do poder público ou privado que visam proteger o meio ambiente, a segurança da comunidade, dos moradores, dos turistas e que sejam potencialmente geradoras de empregos e renda. Beto Meira já se envolveu em problemas judiciais quando, em julho de 2012, durante a Operação Mercado Livre, chegou a ser preso pela Polícia Federal com uma pistola 9 milímetros, 80 munições e 150 cédulas de dinheiro falso. Ele já era investigado pela PF desde 2009 e foi denunciado por empresários concorrentes. No esquema batizado de mata-mata, Beto usava laranjas para fugir das obrigações no pagamento dos impostos devidos. Para facilitar o esquema, os sócios não são detentores do capital nem administram as empresas. Conforme a investigação da PF, isso facilitava o fechamento das empresas de fachada. A dívida ficava para o erário. (Barra Grande 24 Horas)
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