Em nova revelação sobre o caso do suposto gabinete paralelo de pastores no Ministério da Educação (MEC), um prefeito admitiu que recebeu proposta do pastor Arilton Moura, próximo ao ministro Milton Ribeiro. Ele teria pedido, como forma de adiantamento para facilitar o acesso a recursos da pasta, R$ 15 mil e 1 kg de ouro. Gilberto Braga (PSDB) é prefeito de do município de Luís Domingues, no Maranhão. Ao jornal O Estado de S.Paulo, ele relatou a conversa que teve com Moura no restaurante Tia Zélia, em Brasília, após almoço informal com a presença do ministro. “Ele disse: ‘Traz um quilo de ouro para mim’. Eu fiquei calado. Não disse nem que sim nem que não”, contou Braga. “Ele disse que tinha que ver a nossa demanda, de R$ 10 milhões ou mais, tinha que dar R$ 15 mil para ele só protocolar. E na hora que o dinheiro já estivesse empenhado, era para dar um tanto ‘x’. Para mim, como a minha região era área de mineração, ele pediu 1 quilo de ouro”. Arilton teria falado sobre a destinação de recursos de forma deliberada na ocasião, na presença de outros prefeitos. O pastor também teria repassado o número da conta bancária para que os líderes municipais fizessem as transferências.
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