Uma estudante foi filmada dentro de um dos banheiros na estação do metrô Bom Juá por um dos seguranças da CCR Metrô. A vítima compartilhou a situação nas redes sociais. Aila Silva contou à TV Bahia que estava usando o banheiro e que teve a sensação de que estava sendo observada. Ao se virar para trás, ela quando viu, em uma janela, um celular preto na mão de alguém. Assustada, ela pediu ajuda ao pai que a esperava para ir para casa. Eles fizeram barulho para chamar atenção dos seguranças. Ela contou que não imaginava que o crime tinha sido cometido por um deles. Sem ser atendida, ela foi tentar descobrir onde a janela estava e percebeu que ela dá acesso a um banheiro masculino que estaria desativado. Desse lugar, é possível ver o banheiro feminino, onde Aila estava. Aila e o pai foram até a administração para pedir as imagens das câmeras de monitoramento e, segundo eles, um dos seguranças confessou que fez o vídeo. "Foi muito chocante, está sendo muito chocante pra gente. Ele mostrou o vídeo que fez, mostrou que filmou a calcinha dela", disse João, em entrevista à TV Bahia. João contou ainda que os seguranças pediram que a estudante apagasse as imagens que tinha feito. "Ele pediu desculpas, disse que é pai de família, que trabalha no metrô há 8 anos. Disse que nunca tinha feito aquilo, que foi a primeira vez. Mas nada disso justifica", afirmou João. Após o susto, eles chamaram a polícia. Em nota, a Polícia Civil contou que um homem de 28 anos foi conduzido para a Central de Flagrantes, na noite de segunda-feira (17), por uma equipe da 23ª CIPM, depois de filmar uma mulher, de 20, enquanto ela usava o banheiro da estação de metrô. Eles foram ouvidos na unidade policial e foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi lavrado contra o segurança. Ele vai responder pelo Artigo 216-B do Código Penal Brasileiro, que trata sobre produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes. Em nota, a CCR Metrô Bahia lamentou a situação e afirmou que "repudia qualquer tipo de violação de privacidade, assédio moral ou sexual, assim como quaisquer atitudes que não estejam alinhadas a valores como respeito, cuidado e empatia". A empresa informou ainda que contatou a estudante e se colocou à disposição para prestar assistência à vítima. "A CCR Metrô Bahia esclarece ainda que está à disposição das autoridades para ajudar nas investigações".
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