Em meio a gritos de apoio ao longo do percurso que une a Catedral de Brasília ao Congresso Nacional, Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, presidente e vice-presidente eleitos, acompanhados das esposas Rosângela da Silva e Lu Alckmin, optaram pelo Rolls-Royce para começar o ritual de posse, na capital federal, neste domingo (1º). O uso do carro aberto era uma dúvida, por questão de segurança. Ainda assim, o veículo foi notadamente acompanhado por diversos seguranças durante toda a trajetória até a rampa do Congresso, onde Lula e Alckmin foram recebidos pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. A cerimônia oficial começou às 15h, em sessão solene comandada por Pacheco e contou com um minuto de silêncio em homenagem a Pelé e o Papa Emérito Bento XVI, que faleceram nos últimos dias de 2022. Neste primeiro momento, depois de cumprimentar as autoridades estrangeiras presentes e acompanhar a execução do Hino Nacional, foi feito o juramento à Constituição e o primeiro discurso de Lula como presidente empossado, na Tribuna de Honra. “Foi a democracia, a grande vitoriosa dessa eleição”, começou Lula, em seu discurso, criticando o uso dos recursos do Estado a favor de um projeto autoritário de poder, que se baseava na desinformação e propagação de fake news. O agora presidente falou, ao longo do discurso, em esperança, em extermínio da fome e da miséria, em zero desmatamento e assumiu o compromisso de “reconstruir o Brasil”, que se encontra “diante de um desastre orçamentário”. "Que brotem todas as flores e sejam colhidos todos os frutos da nossa criatividade. Que todos possam dela usufruir, sem censura nem discriminações", disse Lula ao mencionar a recriação do Ministério da Cultura, que será comandado pela cantora baiana Margareth Menezes, e a criação do Ministério da Promoção da Igualdade Racial. "Os olhos do mundo estiveram voltados para o Brasil nestas eleições. O mundo espera que o Brasil volte a ser um líder no enfrentamento à crise climática e um exemplo de país social e ambientalmente responsável, capaz de promover o crescimento econômico com distribuição de renda", seguiu o presidente, confirmando ainda que revogará os "criminosos decretos" de ampliação do acesso a armas e munições. "O Brasil não quer mais armas; quer paz e segurança para seu povo", reforçou.
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