O Tribunal do Júri de Itabuna encerrou, nesta quarta-feira (27), o julgamento de Everaldo Marques de Souza, acusado de matar a esposa, Rayluciene Pereira de Castro Nery, na mesma cidade, há mais de 14 anos. Na época do crime, a vítima tinha 36 anos e estava grávida de quatro meses. Iniciado na manhã de ontem e concluído na madrugada de hoje, por volta das 3h, o julgamento foi um dos mais longos da Comarca de Itabuna. Apesar da condenação, Everaldo vai recorrer em liberdade. Isso revoltou familiares e amigos de Rayluciene, que protestaram em frente ao Fórum. Também gerou revolta a informação de que, ao longo de todos esses anos, Everaldo recebeu a pensão pela morte da esposa, que era professora da Secretaria da Educação da Bahia. Ela também dirigia uma escola em Inema, na zona rural de Ilhéus. Só agora, condenado pelo homicídio da mulher, o homem perdeu o direito à pensão. Por ter sido cometido antes da Lei 13.104/15, o assassinato de Rayluciene não pôde ser qualificado como feminicídio pelo Júri, apesar das características semelhantes às do tipo penal. Rayluciene foi morta com um tiro na boca, no dia 25 de janeiro de 2019, dentro da casa onde morava com o marido, no Alto Maron, em Itabuna. Na época, Everaldo contou à Polícia que tinha saído para ir a uma padaria e fechou o cadeado do portão da casa. Ele disse que, na volta, encontrou a mulher morta. Porém, o laudo técnico da perícia concluiu que não havia nenhum sinal de arrombamento ou invasão na residência.
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