A Polícia Federal pediu que o chefe da facção criminosa Bonde do Maluco, conhecida como "BMD", na Bahia, identificado como Pablo Ribeiro de Moura, conhecido como “Amarelo", para um estabelecimento penal federal de segurança máxima. As investigações da PF apontaram que "Amarelo" foi quem juntou os homens armados para tomar as localidades do Lavrador e do Penacho, no bairro da Valéria, que pertencia ao BDM e foi invadido pela facção rival chamada "Katiara". Ele está preso desde o dia 13 de julho de 2022 e determinou a invasão da área dentro da prisão. A tentativa de invasão aconteceu no mesmo dia em que aconteceu uma operação das forças de segurança estaduais e federais no local. A ação terminou com a morte do policial federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida, de 42 anos, e de outros quatro homens suspeito de integrar a facção. A determinação de "Amarelo" foi dada através de uma vídeo-chamada, para 100 integrantes do grupo que estavam reunidos dentro de um matagal que liga Valeria ao bairro da Palestina, na manhã do dia 14 de novembro, um dia antes do confronto. Nesse momento, "Amarelo" também teria dito que eles receberiam um reforço de mais 50 criminosos com atuações em outros bairros. Ele também ordenou que um homem, identificado como Ueslei Marcos do Nascimento Argolo, conhecido como "Bambi", pegasse armamentos e dividisse para o grupo. "Bambi" foi preso em flagrante por tráfico de drogas na Ilha de Vera Cruz. Ainda segundo as investigações, o grupo tinha mais de 100 fuzis, mas que nem todos eram originais. Alguns dos armamentos eram de fabricação caseira. Cada homem saiu com um fuzil e uma pistola. O grupo também tinha muitas munições, a maioria para fuzis. O grupo foi para a região de Valéria por volta das 14h do dia anterior do confronto, que aconteceu nas primeiras horas do dia 15 de setembro. Os 100 homens foram juntos até a estrada do Derba, depois se dividiram em dois grupos. A ideia era cercar o bairro. Um dos grupos foi comandado por um homem apelidado de "Faísca". O outro, que seria responsável por atirar no policial federal foi liderado por um adolescente de 17 anos. O plano era: O grupo comandado pelo adolescente entraria no local para fazer os rivais correrem para o mato, onde o bonde de "Faísca" esperaria para pegar os rivais. No entanto, ao chegarem no local, encontraram os policiais e iniciaram o confronto. A Polícia Federal informou que os investigados responderão pelos crimes de homicídio qualificado e organização criminosa. As penas somadas podem chegar a 38 anos de reclusão. A PF informou que continuará a apuração na tentativa de identificar e localizar todos os suspeitos que participaram direta ou indiretamente da morte do policial federal. A instituição afirmou que qualquer informação que possa ajudar pode ser passada através do número: (71) 3319-6000.
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