O depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, à Polícia Federal (PF) terminou no início da madrugada desta terça-feira (12), após mais de nove horas. Segundo o G1, Cid começou a ser ouvido, na sede da PF, em Brasília, por volta das 15h de segunda-feira e foi liberado pouco depois de 0h15min desta terça. Mauro Cid reforçou a existência de articulações para minar o resultado das eleições e tentar manter no poder Jair Bolsonaro, mesmo após ele ser derrotado no pleito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi ouvido no inquerito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado por parte Bolsonaro. Ele não é investigado neste caso, mas é ouvido como colaborador, após fechar acordo de delação premiada. Neste acordo, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente deve repassar informações desejadas pelos investigadores para, em troca, ficar em liberdade. De acordo com o jornal Correio Braziliense, Cid afirmou no depoimento que não participou de uma reunião de teor golpista realizada por Bolsonaro. Mas destacou que se encontrou com os então comandantes do Exército, Marco Antônio Freire Gomes; da Marinha, Almir Garnier; e da Aeronáutica, Baptista Junior, e que na ocasião foi apresentado a uma minuta golpista, que invalidaria o resultado das eleições e prenderia autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Cid também teria reforçado as declarações anteriores, nas quais destacou ter sido informado de que Bolsonaro pressionou comandantes para embarcarem na tentativa de golpe e detalhou a operacionalização do esquema. Este foi o sétimo depoimento de Mauro Cid à PF.
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