Indígenas de diversas etnias estão acampados e fazem protesto contra a condenação de uma mulher, também indígena, pela morte do menino Enzo Gabriel Oliveira dos Santos, de 4 anos, atropelado com uma caminhonete, em 2021, na cidade de Pau Brasil, no sul da Bahia. Eles são contra a condenação de Tehiana Gomes de Freitas Pataxó. Na época, ela tinha 18 anos e não tinha habilitação para dirigir. No momento do crime, ela dirigia o veículo do namorado, Renato Santos Rocha, que também foi preso e condenado. O caso aconteceu no dia 3 de junho de 2021 e o julgamento na quinta-feira (25). A criança chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Os indígenas contestam a decisão da Justiça e acampam em uma área ao lado do Conjunto Penal de Itabuna, desde a última sexta-feira (29). Eles são das etnias Pataxó Hãhãhãe, Pataxó e Imboré, das cidades de Camacan, Pau Brasil e Itaju do Colônia, e esperam indígenas de outros estados para reforçar o protesto. A defesa de Tehiana entrou com um recurso para que ela responda pelo crime de trânsito, e não por homicídio, pelo qual ela foi condenada. Tehiana Gomes de Freitas Pataxó foi condenada a 13 anos de reclusão em regime fechado e Renato Santos Rocha foi condenado a 2 anos de detenção com regime de liberdade e 2 anos e oito meses de suspensão para dirigir.
Segundo a polícia, os dois ingeriram bebidas alcoólicas em um bar na zona rural de Pau Brasil, antes de Renato passar a direção da caminhonete para Tehiana.
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