RÁDIO ITABUNENSE


Mostrando postagens com marcador Ditadura. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ditadura. Mostrar todas as postagens

11 dezembro 2014

Rio teve nove pontos de tortura na ditadura militar

O Rio de Janeiro teve nove pontos de tortura no período da ditadura militar. Seis na capital e três nos municípios de São Gonçalo,Petrópolis e Barra Mansa. No Destacamento de Operações de Informações do I Exército (DOI-Codi I), a presidenta Dilma Rousseff chegou a ficar presa. O DOI funcionava no Quartel do 1º Batalhão da Polícia do Exército, na Rua Barão de Mesquita, 425, na Tijuca.Entre 1970 e 1971, o prédio passou por reformas para se adaptar à estrutura do destacamento, com salas de interrogatório para diferentes tipos de tortura. Entre 1962 e 1985, funcionou o Departamento de Ordem Política e Social do Rio de Janeiro (Dops-RJ), edifício localizado na esquina da Rua da Relação com Rua dos Inválidos, no Centro. Foi um dos principais órgãos de perseguição política, tortura, morte e desaparecimento de pessoas durante a ditadura, tornando-se um dos símbolos dos anos de chumbo na cidade do Rio.

07 dezembro 2014

Ditador Médici guardou em casa provas de tortura

Durante décadas a cúpula do governo militar negou a prática de tortura contra presos políticos na ditadura. Não importavam as denúncias das famílias, as marcas ou sequelas das vítimas. Quase 30 anos após o fim do regime, surgem agora as primeiras provas documentais de que no auge da repressão política — 1970 — o próprio general e então presidente da República Emílio Garrastazu Médici sabia em detalhes sobre a violência dos quartéis e suas consequências físicas e psicológicas.Médici guardou até a morte, em meio a 32 caixas de manuscritos, um caderno de capa de couro preta com o nome do ex-presidente timbrado em letras douradas na frente. Dentro, a revelação: três prontuários médicos de presas políticas atendidas no Hospital Central do Exército (HCE). São elas: Dalva Bonet,Francisca Abigail Paranhos, além dos documentos de Vera Sílvia Magalhães — conhecida por sua participação no sequestro do embaixador americano Charles Elbrick.

26 março 2014

Crueldade nos porões

Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, o coronel reformado do Exército Paulo Malhães, 76 anos, admitiu ontem que torturou e matou militantes nas prisões clandestinas da repressão, como a Casa da Morte de Petrópolis.“Quando o senhor vai se desfazer de um corpo, quais são as partes que podem determinar quem é a pessoa? Arcada dentária, digitais e só”, respondeu ele aos questionamentos de José Carlos Dias, membro da CNV. “Quebrava os dentes. As mãos, não (eram cortadas). Cortavam-se os dedos. E aí se desfazia do corpo… Eu não era tão especialista assim, existia gente mais especialista do que eu”, disse.Os guerrilheiros assassinados eram aqueles que, após serem presos, não concordavam em trabalhar para o Exército como agentes infiltrados em suas organizações de esquerda. Malhães também explicou que as mutilações nos corpos eram feitas em quartinhos das prisões clandestinas.