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Mostrando postagens com marcador Racismo.. Mostrar todas as postagens
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20 novembro 2017

'Mercado exclui mais os negros do que universidade'


O Dia da Consciência Negra, celebrado nesta segunda-feira, 20, representa um pedido de desculpas ao povo negro. É o que afirma o reitor da Faculdade da Cidadania Zumbi dos Palmares, o advogado, sociólogo, mestre em Administração e doutor em Educação, José Vicente, de 58 anos.Para ele, a data é momento de recordar a trajetória do negro no País, mostrar que o “apartheid social” não está resolvido e que o tratamento dado aos negros pelos antepassados não deve sair da memória. “Somos um país de 400 anos de escravidão negra e quatro milhões de escravizados. Nada mais justo, correto e legítimo que tivesse um dia para celebrar, relembrar, cultuar e até se desculpar enquanto país pelo tratamento dado a esse público por tanto tempo”.Na opinião de Vicente, a adoção da cota racial nas universidades “abriu uma brecha na porta”, mas isoladamente não garante oportunidades iguais a brancos e negros na sociedade, já que o mercado de trabalho ainda é um “paredão” a ser superado.

04 outubro 2017

‘Negro em geral é catinguento, fede demais’, diz promotor


O promotor de Justiça Avelino Grota, do Ministério Público do Estado de São Paulo, usou o grupo MP/SP Livre para falar de pobres, negros, babás e feios. “Quanto ao pobre, coitado, nasce feio e morrerá feio porque não tem dinheiro nem para comer direito”, escreveu. Ele afirmou que suas mensagens são exclusivamente ‘ironias’ contra a decisão judicial que arquivou investigação sobre a exigência de clubes paulistanos para que as babás usem uniforme branco.O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio – chefe do Ministério Público paulista – mandou abrir um procedimento para investigar a fala do promotor.O texto foi postado entre os dias 25 e 26 de agosto. Nele, Avelino ‘convida à reflexão’.Avelino afirma que ‘não tinha muito o que fazer em casa e trabalhar estava fora de cogitação’.“Analisei, ponderei e cheguei a algumas conclusões. Vamos a elas. Pobre, em regra, é feio; babá, em regra, é pobre; logo, babá, em regra, é feia”, escreveu.“E negro, como todos sabem, tem o péssimo costume de não dar muita atenção à higiene – tanto do corpo quanto da roupa.”

30 junho 2016

Presa por racismo, servidora também ataca delegada negra


Uma produtora audiovisual de 38 anos denunciou um ataque racista em um supermercado no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) nesta terça-feira (28/6). Elizabete Braga registrou ocorrência na Polícia Civil alegando ter sido xingada e cuspida por uma servidora aposentada do Ministério das Relações Exteriores.De acordo com a Polícia Civil, a confusão começou quando a mulher de 77 anos se aproximou da produtora na fila do mercado e disse que estava observando o cabelo dela de longe, e gostaria de saber se era uma peruca. Incomodada, Elizabete pediu para a senhora não tocar seu cabelo. A idosa reagiu com agressão verbal. Disse não gostar de pessoas negras porque elas são, na opinião dela, mal educadas. Ainda disparou uma série de ofensas, como “preta safada” e “preta sem educação”.Os insultos continuaram no estacionamento do mercado, ainda segundo a vítima. A servidora foi até o carro de Elizabete quando ela se preparava para deixar o local e cuspiu nos pés da produtora.

22 janeiro 2016

Utensílio da cozinha que imita cabelo black causa polêmica


Muito amarelo, vermelho, azul. Uma mistura do rústico com o moderno. Móveis de aço e quadros negros espalhados pelas paredes. Foi assim que um apresentador descreveu a cozinha da nova edição do Big Brother Brasil durante uma exibição no programa Mais Você, na última terça-feira. Mesmo bem chamativa, a decoração do espaço ficou em segundo plano por causa de um utensílio de limpeza considerado racista pelo público e movimentos negros.Apesar do estilo lembrar um dançarino de funk da década de 70, o item não serve para decorar a pista de dança. Entre o detergente, a esponja e o sabão de coco, a palha de aço compõe o cabelo afro do boneco em cima da pia. Após protesto de um participante negro do programa, a imagem da peça circulou pela internet e gerou revolta mesmo entre aqueles que não assistem o reality. “É com ‘black power’ que eles limpam os pratos?”, questionou um usuário da rede social Twitter. 

03 novembro 2015

Vereador pede combate diário ao racismo


Diante dos atacantes racistas noa Facebook à atriz Taís Araújo, da Rede Globo, o verador Luiz Carlos Suíca, líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador, disse que o racismo "se manifesta todos os dias".Ele destacou o fato de que os agressores de Taís Araújo "são os mesmos que atingem as pessoas não famosas e, por isso, não conseguem que suas dores acessem os meios de comunicação".Suíca defendeu a luta diária contra o racismo "e não de forma pontual, quando atinge pessoas conhecidas". E lembrou o destaque recente dado quando a jornalista Maria Júlia Coutinho, conhecida como Maju, também foi vítima de comentários racistas na página oficial do Jornal Nacional no Facebook.Em Salvador, disse Suíca, nas grandes escolas particulares "o número de estudantes e professores negros é minoritário". E nas vitrines dos shopping centers, "é possível contar nos dedos das mãos a quantidade de manequins que representam a etnia negra consumidora".

02 novembro 2015

Taís Araújo rebate racistas via Facebook


Taís Araújo respondeu neste domingo, 1º, aos racistas que promovem ataque coletivo à sua página do Facebook desde o fim da semana passada. Pela mesma rede social, a atriz escreveu uma nota garantindo que todos comentários ofensivos feitos em suas fotos e postagens foram registrados e enviados à Polícia Federal. No Brasil, crimes de racismo como os de que a artista foi vítima são inafiançáveis e podem ser punidos com 1 a 5 anos de prisão."Não vou apagar nenhum desses comentários. Faço questão que todos sintam o mesmo que senti: a vergonha de ainda ter gente covarde e pequena nesse país, além do sentimento de pena dessa gente tão pobre de espírito", escreveu a veterana da TV. Aos 36 anos e com 20 anos de profissão, ela foi a primeira mulher negra a protagonizar uma novela na TV brasileira (Xica da Silva, 1995) e na Rede Globo (Da cor do pecado, 2004), além de ter dado vida à primeira personagem principal negra no horário das 21h (Viver a vida, 2010).

30 setembro 2015

Mulher chama funcionários de "macacos" em shopping


Uma mulher acusada de ofender dois funcionários com injúrias racistas se escondeu dentro de uma loja do Shopping Barra na noite desta terça-feira (29) e só saiu de lá escoltada pela Polícia Militar. Segundo relatos de testemunhas, a mulher xingou um vendedor da Fast Shop e, depois, também ofendeu de maneira racista um segurança do shopping. A situação indignou funcionários e clientes, que cercaram a mulher. A situação aconteceu por volta das 19h30 de hoje.A confusão foi parar na loja de roupas Gregory, onde a mulher entrou logo depois. Segundo uma funcionária do local, a loja precisou fechar as portas para garantir a segurança de todos. "Estava uma confusão, as pessoas tumultuando", afirmou. Ela disse não saber o que aconteceu. "Ela entrou olhando as araras normalmente, como uma cliente que entra para comprar, sem pressa. Depois, só vi a polícia já aqui na frente, a confusão".

07 setembro 2014

Aranha perdoa gremista por injúrias, mas cobra justiça: "Vai ter de pagar"


O goleiro Aranha se manifestou depois do depoimento dado pela gremista Patrícia Moreira, flagrada chamando ele de “macaco” na partida entre Grêmio e Santos, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, na Arena. Na última sexta-feira, ela chorou e pediu desculpas ao santista. Depois da vitória por 3 a 1 do Peixe sobre o Vitória, neste sábado, no Pacaembu, o camisa 1 disse, em entrevista coletiva, que perdoa a torcedora, mas que espera a justiça ser feita e que ela seja responsabilizada pelo o que fez.- Estou a desculpando, mas infelizmente, por um erro que cometeu, vai ter de pagar. Queriam que eu desse o perdão sem ela me pedir desculpas. Acompanhei todo o caso, os amigos dela mostraram que ela não é racista, mas ela sumiu, deletou perfis das redes sociais, não falou com ninguém. Demorou muito tempo para tomar uma atitude. Pelo menos (a polêmica) ajudou a causa (contra o racismo). Como cristão, como ser humano, precisava do pedido dela para desculpar. Isso não quer dizer que eu não quero que a justiça seja feita. Ela errou, tem as consequências - disse o goleiro.

29 agosto 2014

Aranha sofre ofensas racistas de gremistas e desabafa: 'Dói muito'


No final da partida contra o Grêmio, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil, o goleiro santista Aranha foi alvo de mais um episódio lamentável para o futebol brasileiro. O goleiro sofreu insultos racistas de um grupo de torcedores na reta final da vitória por 2 a 0 sobre o time gaúcho, em Porto Alegre, e saiu de campo indignado. Imagens da tevê mostraram claramente uma mulher chamando o atleta de "macaco"."Eu estava no gol e a torcida começou a xingar de 'preto fedido', 'cambada de preto', essas coisas. Fiquei nervoso, mas estava me segurando. Foi aí que começou um pequeno coro de ''macaco''. Mandei o câmera filmar, mas quando ele foi mostrar já tinha acontecido. Fico puto, com o perdão da palavra, e dói muito", disse, bastante chateado.Aranha estava revoltado e as imagens da televisão mostram parte da torcida xingando o jogador de "macaco". "O pior é que fui falar com o juiz (Wilton Pereira Sampaio) sobre isso e ele falou que eu estava provocando a torcida adversária. Sou preto sim, e se isso é insultar, não sei mais nada. Claro que não são todos os torcedores que fazem isso na Arena Grêmio, mas sempre tem alguns racistas aqui no meio", continuou.

27 agosto 2014

Procurador federal é condenado por racismo na internet


O Núcleo de Enfrentamento à Discriminação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) obteve a condenação de um procurador federal pela prática de crime de racismo. O réu foi sentenciado a dois anos de prisão e ao pagamento de multa no valor de dez salários mínimos. A pena de prisão foi substituída por uma pena privativa de direitos e multa, também no valor de dez salários mínimos.O crime aconteceu em 2007, quando o réu, que na época era candidato a concurso público, postou em um fórum de discussões na internet: "Apesar de ser anti-semita, endosso a opinião do MOSSAD; [...] Na verdade, não sou apenas anti-semita. Sou Skinhead. Odeio judeus, negros e, principalmente, nordestinos; [...] Não, não. Falo sério mesmo. Odeio a gentalha a qual me referi. O ARGÜI deve pertencer a um desses grupos que formam a escória da sociedade".

07 março 2014

Àrbitro já se acostumou a ofensas racistas

Aos 37 anos, o árbitro Márcio Chagas da Silva habituou-se a ouvir barbaridades como "macaco imundo", "preto safado" e "tem que matar essa negrada".Sabe que a barbaridade maior é ele próprio já considerar normal essa torrente de insultos. Mas ou ele abstrai, ou desmorona.Na noite de quarta-feira, depois do jogo entre Esportivo e Veranópolis, em Bento Gonçalves, a blindagem de Márcio ruiu: sentiu vontade de chorar quando encontrou seu carro amassado e riscado, com bananas espalhadas sobre a lataria. Durante a partida, já havia sido xingado de macaco pela torcida do Esportivo. Fotografou o Peugeot preto antes da viagem de volta a Porto Alegre, entrou no veículo e, ao arrancar, ouviu um estouro no escapamento: havia mais bananas no cano de descarga.

17 fevereiro 2014

O racismo envergonha Brasília: 11 casos ao mês

Em menos de um ano, o Disque-Racismo do Distrito Federal recebeu aproximadamente 8 mil ligações. Do total, 126 foram classificadas como racismo — uma média de 11 casos por mês. Os crimes ocorreram entre março do ano passado e este mês, em diversos pontos do DF. Em 2012, de acordo com números da Secretaria de Segurança Pública do DF, foram 407 registros de racismo e injúria racial. Somente na última sexta-feira, pelo menos duas mulheres foram vítimas da intolerância e do preconceito por conta da cor da pele. Em um dos casos, a acusada, uma australiana, foi presa em flagrante. Não ficou nem 24 horas detida e já foi solta. No outro, a mulher ainda não foi identificada.Os casos registrados pelo Disque-Racismo indicam que, a cada mês, pelo menos 11 ocorrências de racismo são registradas no DF.

14 fevereiro 2014

Cartão vermelho à intolerância

Racismo é mancha que se espalhou por campos no Brasil, na América Latina e também por países europeus, mas penas são leves, como jogos com portões fechados e pequenas multas.Atos de racismo como o sofrido pelo volante do Cruzeiro Tinga, em Huancayo, no Peru, não são novidade no futebol. Na história recente do esporte há diversos relatos de discriminação no futebol sul-americano e europeu. A punição, na maioria das vezes, não passou de multa a jogadores e a clubes envolvidos, sem consequências para torcedores.Entre os episódios mais recentes, o CSKA Moscou da Rússia foi punido pela Uefa em outubro de 2013 com o fechamento de parte do estádio, em casa, em duelo contra o Bayern de Munique, pela Liga dos Campeões. A razão foi a mesma do jogo entre Real Garcilaso e Cruzeiro: a cada vez que o volante marfinense Yaya Touré, do Manchester City, pegava na bola, a torcida do CSKA fazia barulhos imitando um macaco.

06 fevereiro 2014

Marcelo é chamado de macaco e seu filho é atacado

O jogador Marcelo foi vítima de racismo durante o jogo do Real Madrid e Atlético de Madrid nesta quarta-feira, 5. O brasileiro não entrou em campo, mas foi chamado de macaco enquanto se aquecia numa área vazia do estádio. Torcedores do Atlético de Madrid imitaram sons de macaco. Sem se satisfazer com as ofensas raciais, os torcedores provocaram o jogador quando ele brincou com o filho Enzo. O grupo gritou que o menino, de quatro anos, não era filho dele. Os torcedores ainda disseram que queriam que o atleta do Real Madrid morresse. O Real Madrid venceu o Atlético de Madrid por 3 a 0. O Atlético agora precisa vencer pelo mesmo placar na partida de volta. O jogo vale vaga na decisão da Copa do Rei. (Lance)

11 janeiro 2013

Netinho de Paula vai criar TV para provar que o paulistano é racista

O secretário municipal da Promoção da Igualdade Racial de São Paulo, Netinho de Paula (PCdoB), disse que vai criar uma TV para mostrar a “visão da população negra". “A gente precisa convencer a sociedade paulistana de que ela é racista”, justificou. “A partir do momento que ela se assumir como racista, ela pode trabalhar isso, porque a gente perde economicamente, a gente exclui uma sociedade que pode ajudar muito o país”, completou. (G1)

29 fevereiro 2012

Gays têm direito à terapia para mudar orientação sexual, diz deputado

De acordo com o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, João Campos (PSDB-GO), homossexuais estão sendo privados do direito de se "reorientar"
Autor do Projeto de Decreto Legislativo que propõe tornar sem efeito a resolução que estabelece normas de atuação dos psicólogos em relação à orientação sexual dos pacientes, o deputado João Campos (PSDB-GO) nega que a iniciativa tenha a intenção de abrir caminho para a legalização da cura de homossexuais. De acordo com o presidente da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), o projeto pretende discutir a "injuridicidade da resolução do Conselho Federal de Psicologia".
A resolução em questão determina que os profissionais de psicologia não podem exercer "qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas", nem adotar "ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados". Veta ainda qualquer manifestação pública de psicólogos no sentido de "reforçar preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica".

26 janeiro 2012

UFRGS reduz exigência para preencher cotas raciais

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul derrubou uma barreira que limitava o acesso de negros, oriundos de escolas públicas, aos cursos considerados de elite. Em razão da recém-implantada mudança no acesso por meio das cotas raciais – votada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) – o número de negros aprovados nos 10 cursos mais concorridos da instituição passou de 24 no ano passado para 114 em 2012, um aumento de 375%.
No total dos 89 cursos oferecidos, o número de aprovados que se declararam negros e de escola pública aumentou 58% neste vestibular em relação a 2011. De 270 aprovados no ano passado, agora a cifra chegou a 427. Esses cotistas ocupam vagas que, até o ano passado, eram preenchidas por egressos de escolas públicas – especialmente daquelas de perfil diferenciado, como o Colégio Militar e o Colégio Tiradentes.

14 janeiro 2012

Casal de militares gays recebe ameaças e pede para sair do Brasil

Os sargentos Fernando Alcântara e Laci Marinho de Araújo, que ficaram conhecidos em 2008 após assumirem um relacionamento homossexual de longa data, pediram ajuda à Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) para deixar o Brasil. Eles se sentem abandonados pelas Forças Armadas, que demonstra resistência em aceitar a homossexualidade de alguns militares, e se dizem ameaçados pelos próprios companheiros de profissão.
Fernando e Laci disseram que não têm preferência por um país específico, desde que seja um local que aceite relacionamentos entre homossexuais. Eles pedem urgência, já que o Exército estaria sendo complacente com as ameaças que eles têm recebido.

11 janeiro 2012

Delegada ouve insulto a caixa e prende mulher por racismo na BA

Uma cabeleireira de 56 anos foi presa na última sexta-feira após chamar uma operadora de caixa de "preta e burra" no supermercado Bompreço do Rio Vermelho, na orla de Salvador. A delegada Elza Bonfim estava na fila e deu voz de prisão a Edicelia Brito dos Santos. "Perguntei se ela estava falando com a funcionária, e ela virou para mim perguntando o que eu queria também. Me apresentei e dei a voz de prisão", afirma Elza.
Edicelia foi levada para a 7ª Delegacia Territorial (Rio Vermelho), onde foi autuada em flagrante por injúria preconceituosa. A delegada plantonista, Acácia Nunes, arbitrou fiança de quatro salários mínimos (R$ 2.488), quantia paga no mesmo dia.
Na terça-feira, a caixa Sidnea dos Santos Oliveira, 29 anos, foi à Defensoria Pública buscar orientação. "Me senti ofendida e discriminada. Não quero nada dela. Só quero que ela seja julgada criminalmente e tenha respeito às outras pessoas", declara. A operadora sofreu as ofensas depois de informar à cliente que a fila onde ela estava só poderia passar até 20 itens. "A cliente disse que eu a destratei, mas só informei o procedimento da empresa. Na hora de pagar, ela disse 'tome aqui a porcaria do dinheiro. Isso só poderia ser arte de preto que não estudou'", lembra Sidnea.
A pena para o crime de injúria, com a utilização de elementos referentes a cor, raça, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência, varia de um a três anos de detenção e multa. O Bompreço informou por meio de nota que preza pela integridade de seus clientes e funcionários e ressalta que irá oferecer todas as informações necessárias para a conclusão do caso. A delegada Elza Bonfim, titular em exercício da Delegacia dos Barris, diz que esta foi a primeira vez em 20 anos de carreira que realiza uma prisão em flagrante por discriminação racial.
"Não poderia me omitir porque também sou negra, e o sangue de polícia ferve nas veias", afirma, antecipando que toda vez que presenciar uma atitude desse tipo vai efetuar a prisão. "Fico envergonhada, entristecida em ver uma atitude assim numa terra em que a maioria é negra", lamenta. Elza conta que Edicelia não acreditou ao receber voz de prisão e tentou ir embora. "Na hora, chamei os seguranças e disse que ela estava presa."