sexta-feira, maio 15, 2009

Roberto de Souza denuncia crime ambiental da Emasa


Itabuna possui mais de 210 mil habitantes, segundo a estimativa do IBGE para o ano de 2007. O município, que é um dos maiores e mais populosos do interior da Bahia, ostenta um índice vergonhoso, digno de entrar para o rol dos maiores absurdos cometidos contra o meio ambiente: 100% dos seus domicílios despejam esgoto sem tratamento direto no Rio Cachoeira, que está sendo destruído pela poluição.
O próprio presidente da Emasa (Empresa Municipal de Águas e Saneamento), Alfredo Melo, admitiu o problema, durante audiência pública realizada no dia 12 de maio, na Câmara de Vereadores de Itabuna, atendendo requerimento do vereador Claudevane Leite (PT). Segundo Melo, todas as estações de tratamento de esgoto da Emasa encontram-se desativadas.
A situação levou o vereador Roberto de Souza (PR) a solicitar ao Ministério Público Estadual a apuração do crime ambiental praticado pela empresa, bem como a cobrança indevida da taxa de esgoto. Setenta por cento da conta de água paga pelo itabunense se refere a esta taxa, o que o vereador considera abusivo, uma vez que o serviço não é prestado.
Na audiência do dia 12, Alfredo Melo alegou que a tarifa de esgoto garante a manutenção da coleta, argumento que não satisfez Roberto de Souza. “O percentual deveria cair de 70% para 45%, o que se prevê para as áreas da cidade onde não há tratamento de esgoto”, salienta.
O vereador apontou, no encaminhamento feito ao MPE, o não funcionamento da estação elevatória da Emasa no trecho entre as avenidas Francisco Ribeiro Júnior e Amélia Amado. A estação é responsável pela coleta do esgoto do centro da cidade e de bairros como Mangabinha, Pontalzinho e Alto Maron, mas está inutilizada por conta de defeitos nas bombas e nos motores.

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