quarta-feira, julho 22, 2009
Vai fechar mais empresa no Pólo de Informática: Ilhéus
Sem recursos, com falta de apoio político e a inexistência de um socorro institucional e financeiro do Governo da Bahia, o Pólo de Informática de Ilhéus vai definhando dia-a-dia. Nas próximas semanas, mais duas montadoras consideradas de médio porte devem ingressar com o pedido de falência. O assunto vem sendo mantido em sigilo por empresários do setor, mas os sinais estão cada vez mais evidentes à medida em que já pararam a produção e muitos trabalhadores estão sendo mantidos em casa por falta de componentes eletrônicos nas salas de estoque cada vez mais vazias.
A crise no Pólo de Informática de Ilhéus deu os primeiros sinais no ano passado. As empresas que já vinham se descapitalizando alegam que sentiram o reflexo da greve de 59 dias da Receita Federal – que é responsável pela liberação alfandegada dos componentes eletrônicos. “O movimento deles foi encerrado em julho e já em setembro estourou a crise mundial”, explica Gentil Pires, presidente do Sindicato das Indústrias de Eletroeletrônicos (Sinec).
Pires destaca que, enquanto o governo de Minas Gerais ofereceu apoio às montadoras de lá, as daqui tiveram que buscar caminhos isolados para não fechar as portas. Algumas não conseguiram. Das 75 montadoras que já compuseram o pólo, o Sinec tem apenas o controle sobre as que são associadas a ele e ainda permanecem em funcionamento: 37. Seis fecharam nos últimos meses. Mas o Jornal Bahia Online apurou que mesmo as que estão sendo consideradas “em funcionamento” já desaceleram a produção e o futuro deverá ser o mesmo das que já encerraram as atividades. “Chegamos ao fundo do poço”, garantiu ontem um empresário.
Semana passada, o JBO produziu a mais completa matéria sobre as reais condições do Pólo. Da idéia inicial, passando pelo sucesso do empreendimento até chegar ao declínio atual. A matéria repercutiu e terminou pautando a grande imprensa da Bahia. Clicando aqui, você pode conferir informações inéditas sobre o projeto que seria a redenção econômica de Ilhéus e que agora vive o drama para ver quem fica por último "para apagar a luz".
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