Um convênio assinado entre o Instituto Biofábrica e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) vai consolidar o programa da Comissão de Orgânicos do Ministério da Agricultura na região sul do estado, que tem como objetivo estimular a formação de bancos comunitários de sementes de adubos verdes. O programa já distribuiu cerca de mil quilos de sementes de leguminosas das espécies de mucuna preta (café beirão), guandu, crotalaria e feijão de porco.
Segundo o diretor técnico da Biofábrica e instrutor do programa para o Sul da Bahia, Durval Libânio, a Biofábrica irá apoiar a produção de sementes destas plantas e monitorar a sua distribuição. O programa tem como público alvo agricultores familiares em processo de conversão para a produção orgânica. Inicialmente, serão atendidas cinco comunidades: Roça do Povo, Terra Vista, Loanda, Nova Vitória e Japu.
Entre as vantagens que o programa traz para esses produtores, a mais importante é a troca do adubo industrializado pelo adubo orgânico, pois as leguminosas são plantas que se associam com bactérias que vivem no solo, retiram nitrogênio do ar e o disponibiliza para outras plantas, por meio de um processo natural chamado de fixação biológica. “Estas plantas podem retirar do ar até 200 quilos de nitrogênio por hectare/ano”, ressalva Durval Libânio.
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