A Fazenda São Roque, de propriedade de Guilherme Leal, candidato a vice na chapa presidencial de Marina Silva (PV), tem sido alvo de investigação do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e do Instituto do Meio Ambiente da Bahia. A fazenda fica localizada no sul do estado, dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Itacaré-Serra Grande.
Na quarta-feira (7), o Ibama confirmou que fiscais do órgão notificaram o empresário Guilherme Leal após vistoria feita na fazenda. Segundo o presidente do instituto, Abelardo Bayma, a fiscalização foi motivada por “denúncia formal protocolada no escritório do Ibama de Ilhéus e, também, via telefone, no Sistema Linha Verde da Ouvidoria do instituto, em Brasília”.
Na ocasião, os fiscais constataram “a existência de edificações e outras instalações que alteraram a paisagem natural em área de Mata Atlântica”. Segundo a Agência Brasil, na notificação, foi solicitada a apresentação de projeto de licença ambiental para a implantação de rede de energia no imóvel rural denominado Pontal da Barra do Tijuípe, bem como a licença para construção de bangalôs.
Projeto original
Nesta quinta-feira (8), de acordo com o Estadão, os fiscais voltaram à Fazenda São Roque para checar se as obras feitas no local estão de acordo com o projeto original, aprovado em 2007. O projeto previa que dos 73 hectares da área, 4.800 metros quadrados poderiam ser usados para a construção de imóveis no terreno.
Os fiscais constataram que o canteiro de obras estaria ocupando 40 mil metros quadrados. A área estaria degradada e Leal teria firmado o compromisso de reflorestá-la após a conclusão das obras. Em nota, o empresário afirmou que nenhum momento foi acusado de prática de crime ambiental por qualquer órgão fiscalizador.
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