sábado, novembro 27, 2010

Jornalista foi morta por policial militar por ter reagido ao sequestro

Um policial militar confessou que matou uma jornalista, de 21 anos, porque ela teria reagido depois de ter sido sequestrada. E mesmo depois do assassinato, ele ainda tentou - por seis vezes - receber o resgate. Integrante de grupo de elite da Polícia Militar, o Gate, por cerca de 10 anos, ele também confessou que sequestrou a jovem no dia 11 de novembro.
O estacionamento de um shopping na Zona Oeste de São Paulo foi o local onde, segundo a polícia, a jornalista foi vista pela última vez. Ela manobrava o carro para sair quando ocorreu o sequestro. Naquela mesma noite, a família recebeu uma ligação exigindo resgate.
Os pais da jovem e o noivo acionaram a polícia. O policial só fazia contato de orelhão e cada dia de um lugar diferente. Até que acabou surpreendido, nove dias depois, quando falava de um telefone público na Zona Norte.
A equipe da Divisão Antisequestro da Polícia Civil levou um susto quando se deu conta de quem era o criminoso preso em flagrante: um policial militar do Gate, a tropa de elite da PM de São Paulo. O homem que exigia dinheiro da familia da jornalista já recebeu treinamento especial para libertar vítimas de cativeiro. É um cabo da PM, que atua no Gate há mais de dez anos.
Ele tentou fugir a pé e depois de carro. Trocou tiros com os policiais da Antisequestro. Foi baleado nas costas e acabou preso. Ele está internado em um hospital da Polícia Militar. Com ele, foram encontrados o celular e documentos da vítima. Mas nada do PM entregar o paradeiro dela.
Na tarde deste sábado, a Divisão Antisequestro investigou denúncias de cativeiro. E confirmou ter encontrado o corpo da jornalista nas margens de uma estrada, que dá acesso à Baixada Santista. (G1)

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