quarta-feira, janeiro 19, 2011

A fuga da mão de obra no campo

Um fenômeno começa a ganhar corpo na região cacaueira: a falta de mão de Obra.
No momento em que surge uma luz no fim do túnel, com pesquisas, espécies melhoradas, mudança de filosofia no processo de agregar valor ao cacau, mudança de postura do novo produtor, uma safra mais produtiva, surge preocupações inerentes ao meio.
A falta de mão de obra tradicional nos tratos culturais da cacauicultura começa a ter seus reflexos negativos. No passado era comum assistir os filhos apreendendo com os pais a arte cotidiana de lidar com a cultura. Hoje a regra do nosso país mudou e os filhos de agricultores freqüentam escolas e passam a conviver com outro universo – o meio urbano e suas atrações.
Inúmeras atrações desviam os jovens do campo: uma nova oportunidade de trabalho, lazer e qualidade de vida faz com que esta mão de obra fique cada vez mais rara.
Há regiões que os as fazendas perde o cacau por falta de colheita, secam no pé. A escassez de mão de obra é uma realidade, mesmo para aqueles que inflacionam o mercado pagando uma diária maior.
Em um período em que a safra é grande as fazendas de cacau, principalmente aquelas afastadas dos meios urbanos, cidades e vilarejos, acabam sofrendo mais. Hoje a média de idade nas propriedades é de 62,3 anos, ou seja, o campo esta envelhecendo e não estamos passando a tradição.
Ainda há tempo de mudar este quadro, desde quando haja uma ação do Estado em facilitar a vida das pessoas que vivem no meio rural, levando até este os mecanismos de educação,médicos, treinamentos,luz, água ou seja, levando ao campo a infra-estrutura e o conforto da rotina urbana.
O grande problema da nossa região é que não há como recorrer a tecnologias alternativas como mecanização em função da geografia e, portanto o cacauicultor será eternamente dependente da mão de obra artesanal.
A alternativa do futuro da cacauicultura é está predestinada à agricultura familiar por trabalhar com a mão de obra especial em áreas menores ou ao sistema de parcerias para aqueles que são empresários do ramo com módulos maiores.
Por Ed Ferreira

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