Que os preços dos produtos e serviços estão subindo a níveis assustadores para o consumidor, todo mundo sabe. Mas é na hora de fazer as compras no supermercado, abastecer o carro e pagar as contas de casa que o consumidor sente o peso de "uma das piores doenças que existem na economia capitalista", nas palavras do consultor financeiro Ângelo Guerreiro, e que definem bem a inflação.
Se está mais caro comprar, reduzir o consumo neste momento é a alternativa mais saudável a essa "enfermidade”. Este é o discurso é uníssono entre os especialistas em finanças. "É o reflexo do excesso de demanda, com muita gente comprando produtos até aqueles que não precisam, e a falta de estrutura que assegure esse consumo. Além da ausência de políticas públicas que visam coibir essas altas de preços", explica Guerreiro.
E se é na prática que se percebe o aumento da inflação, é nas feiras e supermercados que estão os "vilões" que atormentam grande parte da população. Sim, grande parte porque os preços sobem para todos, mas não é da mesma forma que pessoas de classes sociais diferentes absorvem e reagem à alta.
"A percepção da inflação tem muito a ver com a forma como isso ameaça a sua capacidade de manter o padrão de consumo. Se, para uma categoria social, onde o poder aquisitivo é muito mais alto, o preço sobe da mesma forma que subiu para os mais pobres, a capacidade econômica de assimilar aquele aumento de preço, no entanto, é maior", explica Joilson Rodrigues, coordenador de disseminação de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
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