Antigamente a gente podia reclamar se víssemos alguma travessura dos jovens. Hoje faz até medo”. O receio do vendedor de frutas, Joaquim Barbosa, 62 anos, tem se tornado comum pelo aumento do envolvimento de crianças e adolescentes com a violência.
Somente este ano (até o final de abril) a Delegacia do Adolescente Infrator (DAI) registrou 1183 ocorrências, sendo 101 por tráfico de drogas, 223 por lesão corporal e 13 homicídios consumados. Furtos, assaltos e tráfico são as ocorrências mais frequentes, somando 195 registros. Além da dependência química, a falta de estrutura familiar e investimento social são os principais agentes motivadores de atividades ilícitas.
Registros de adolescentes autores de assassinatos, integrantes de quadrilha especializada em assaltos e tráfico vem se tornando frequente. De acordo com a delegada titular do DAI, Claudenice Mayo, uma série de fatores pode levar a inserção dos menores de idade no mundo criminoso. “Geralmente os pais desses meninos trabalham o dia inteiro e os deixam sozinhos.
Falta acompanhamento familiar e investimento social. Infelizmente, a violência presente nos bairros, onde esses jovens habitam terminam influenciando de alguma forma”, afirmou a delegada, ressaltando que, há algum tempo, o principal crime cometido por adolescentes eram furtos e roubos, hoje o tráfico está equiparado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário