segunda-feira, junho 13, 2011

Maiores traficantes da Bahia estão presos ou mortos

Desde a prisão de Raimundo Alves de Souza, mais conhecido como Ravengar, preso em 2004, que os crimes tiveram um aumento exorbitante em toda a Bahia. Ele era considerado o maior traficante da época, tendo o foco, o bairro do Morro da Águia, onde mantinha o domínio do tráfico. De lá pra cá, a polícia travou uma incessante luta de combate ao crime organizado, responsável por homicídios, assaltos e sequestros.
Em consequência disso, 20.297 pessoas foram executadas na Bahia, em cinco anos e quatro meses, em diversas chacinas e homicídios cometidos por ataques de gangues, que se guerrilharam em disputas pelo comando do tráfico de drogas.
A alta criminalidade colocou a capital baiana na quarta posição dos estados onde mais se mata no Brasil. O ano em que ocorreu maior número de assassinatos em toda a Bahia foi em 2010, com 4.868 mortes. Já no ano de 2009, além das 4.825 execuções, foi marcado por vários ataques dos traficantes que atearam fogo em 15 ônibus de Salvador, depois de uma operação da polícia que acarretou nas prisões de traficantes ligados ao Comando de Paz (CP).
Em resposta à ousadia dos criminosos, o governo do Estado e a cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP), investiram pesado em tecnologia, infraestrutura, carros e policiais para poder enfrentar os bandidos que configuravam no alto escalão de mais procurados da Bahia, que mantinham aliança com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
E o resultado disso foi a retirada dos 12 bandidos mais procurados. Destes, três morreram em confronto com a polícia, um apareceu morto numa cela de segurança máxima e oito estão detidos em presídios de segurança máxima em outros estados e aqui na capital.
O último que faltava ser preso acabou caindo nas garras da polícia, na semana passada, no Estado de São Paulo. Fagner Souza da Silva, mais conhecido como Fal, era o às de ouro da SSP e tinha ligação com o PCC, além de comandar o tráfico em vários bairros de Salvador.
O governador Jaques Wagner e o secretário de Segurança Pública, Maurício Telles Barbosa, priorizam o combate ao crime organizado, visando à retirada dos maiores traficantes da Bahia, para poder implantar as Bases Comunitárias de Segurança, já implantada com efeito positivo no bairro do Calabar, e também para complementar com o programa Pacto Pela Vida, lançado na última segunda-feira.
Com a retirada dos grandes criminosos, os homicídios caíram em torno de 14%, segundo dados da secretaria. Agora, a polícia pretende continuar com as operações, visando impedir que outros traficantes se fortaleçam.

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