segunda-feira, julho 04, 2011

Custo da Cesta Básica cai em Itabuna e sobe em Ilhéus

O custo da cesta básica na cidade de Ilhéus aumentou quase 5%, de R$ 187,25 em maio para R$ 196,39 em junho. A elevação no preço do tomate de 21,90% foi o que mais influenciou nesse aumento de custo. Os outros produtos que apresentaram comportamento semelhante foram: café (18,82%), feijão (10,82%), pão (6,23%), manteiga (2,85%), arroz (2,74%) e açúcar (0,47%).
Já o preço da banana diminuiu 3,19%, passou de R$ 2,80 em maio para R$ 2,71 em junho, esse comportamento baixista foi observado também para os preços da farinha (-2,38%), do óleo (-1,01%), do leite (-0,67%) e da carne (-0,64%).
O aumento no custo da cesta básica em junho implicou em redução no poder de compra do trabalhador comparativamente ao mês de maio. O comprometimento do rendimento líquido que foi de 37,34% em maio, passou para aproximadamente 39,17% em junho, tomando-se como referência o salário mínimo líquido de R$ 501,40 – descontando-se 8% de contribuição previdenciária do salário bruto de R$ 545,00. O tempo despendido para um trabalhador com remuneração de um salário mínimo bruto, adquirir todos os produtos da cesta básica passou de 75 horas e 35 minutos em maio para 79 horas e 17 minutos em junho.
Para uma família composta de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças, em que duas crianças equivalem a um adulto), o custo da cesta básica para seu sustento, durante o mês de junho, atingiria o valor de R$ 589,17, equivalente a aproximadamente 1,08 vezes o salário mínimo bruto de R$ 545,00.
Ao analisar os últimos seis meses, verifica-se que houve elevação no custo da cesta básica em Ilhéus em 6,37%, sendo que nesse período, o produto com maior aumento de preço foi o tomate (125,68%), enquanto o feijão sofreu a maior diminuição (-20,92%).
Nos últimos 12 meses o custo da cesta básica, em Ilhéus, aumentou 4,62%, o tomate foi o produto que apresentou maior elevação de preço (41,53%), enquanto o feijão a maior redução (-21,61%).

Itabuna
O custo da cesta básica diminuiu 1,04% em relação a maio, de R$ 191,95 para R$ 189,96 em junho. A redução no preço da banana de 26,92% foi o que mais influenciou no comportamento do custo da cesta. Manteiga (-5,28%), açúcar (-2,73%), arroz (-2,59%), e óleo de soja (-0,65%), foram os produtos que também apresentaram redução de preço.
Já o preço do pão aumentou 9,23%, passando de R$ 3,36 em maio para R$ 3,67 em junho. Comportamento altista foi observado também nos preços da farinha (4,73%), do feijão (4,17%), do leite (2,68%), do tomate (2,08%), da carne (1,05%) e do café (0,36%) .
Como a redução no custo da cesta básica foi relativamente pequena, o poder de compra em junho, comparativamente ao mês de maio, praticamente não se alterou. O comprometimento do salário mínimo líquido passou de 38,28% em maio para 37,88% em junho.
O tempo despendido pelo trabalhador para adquirir os produtos da cesta passou de 77 horas e 29 minutos, em maio, para 76 horas e 41 minutos em junho.
Em Itabuna, no mês de junho, o custo da cesta básica para o sustento de uma família, composta de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças, em que duas crianças equivalem a um adulto), atingiu o valor de R$ 569,88 correspondendo a aproximadamente 1,05 vezes o salário mínimo bruto de R$ 545,00.
Nos últimos seis meses, em Itabuna, observa-se aumento no custo da cesta básica em 4,83%. O tomate foi o produto que registrou a maior elevação de preço (111,51%), e a banana a maior diminuição de preço (-17,39%).
Com relação à variação anual do custo da cesta básica em Itabuna, houve aumento de 4,94%. Durante esse período, o óleo de soja apresentou a maior elevação de preço (26,14%) e o feijão a maior redução (-27,14%).
O preço da carne apresenta certa estabilidade, no entanto a expectativa do mercado é que inicie período de ligeira alta em função da entressafra do período.
A farinha de mandioca ao longo do mês apresentou fortes oscilações de preço, decorrente das chuvas mais freqüentes e temperaturas mais baixas que afetaram a sua oferta. Esse comportamento também foi observado para o óleo de soja, resultante de pressão da exportação de soja e de seu destino para outros mercados a exemplo do biodiesel.
O preço do leite também mantém certa estabilidade, no entanto, há pressão para aumentos futuros em função de elevação no preço da ração (milho e soja). Tal comportamento acaba também afetando o mercado de derivados do leite a exemplo da manteiga que teve relativa alta entre maio e junho.
O preço do açúcar aumenta frente à demanda do mercado externo e também sua valorização no mercado interno, mesmo no período de safra, que teve redução com relação às expectativas passadas.
Com relação ao mercado de banana o preço cai em função do período de safra, e favorecida pela proximidade à principal região produtora da Bahia dessa fruta.
A forte sensibilidade que o tomate tem às condições climáticas faz com que ocorram grandes oscilações de preço decorrentes de períodos chuvosos e altas temperaturas. Assim, o aumento no preço do tomate em função das chuvas que ocorreram no estado do Espírito Santo, maior abastecedor do produto para o sul da Bahia, o excesso de calor e umidade na região, contribuíram para retração da oferta e, consequentemente aumentos de preço.
O preço do arroz aumenta lentamente, revelando recuperação gradual em função das oscilações nos mercados doméstico e internacional. O preço do trigo mais alto no mercado internacional provoca aumento de preço do pão francês. A expectativa é que esse aumento continue nos próximos meses frente à redução da oferta mundial.
O aumento do preço do café é explicado pela pressão exercida pelo mercado internacional, frente a estoques mundiais reduzidos e diminuição da oferta de alguns dos principais países produtores.
O acompanhamento diário dos preços, realizado nesta pesquisa, possibilita afirmar que o salário mínimo é insuficiente para a manutenção de uma família, analisando apenas as condições nutricionais. Expandindo essa assertiva para o atendimento a outras necessidades, do trabalhador e sua família, as políticas públicas deveriam assegurar condições mínimas de sobrevivência desses indivíduos.
http://www.uesc.br/cursos/grad/bacharelecono/cestabasica/index.htm

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