O Ministério Público do Rio de Janeiro entrou com um requerimento na manhã desta quinta-feira (8) na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, região metropolitana, pedindo o afastamento imediato de 34 policiais militares e a prisão preventiva de 28 deles. Todos respondem a processos no fórum da cidade. O grupo seria julgado pela juíza Patrícia Acioli, assassinada com 21 tiros no dia 11 de agosto, em Niterói, também na região metropolitana.
De acordo com o procurador-geral do Rio, Cláudio Lopes, o Ministério Público encontrou "fortes indícios de homicídios" nos processos de auto de resistência a que respondem 28 policiais.
Segundo Cláudio Lopes, caso a Justiça aceite os pedidos, os PMs deverão entregar, imediatamente, suas armas e suas carteiras de identidade funcional e ficarão impedidos de exercerem a atividade enquanto os processos tramitarem na Justiça. Neste período, eles vão trabalhar na Diretoria Geral de Pessoal, espécie de 'geladeira' da corporação.
Para Lopes, a lista com os nomes dos 34 policiais é preliminar. Outros 26 PMs ainda estão sendo investigados e também podem ter o nome incluído no documento. Todos respondem por homicídios na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. Ainda segundo ele, mais prisões devem ser solicitadas à Justiça depois que o restante dos processos for analisado.
- Eles respondem por crimes graves, que nós consideramos incompatíveis com a função policial. Enquanto estiverem cumprindo essa medida, farão trabalhos administrativos em seus quartéis.
O subprocurador-geral do Estado, Antônio José Campos, afirmou ainda que em muitos destes processos – que envolvem autos de resistência - foram identificadas situações claras de homicídios. Alguns dos policiais afastados já não trabalham mais no Batalhão de São Gonçalo (7º BPM).
De acordo com o promotor Paulo Roberto Mello Cunha Junior, cerca de 60% dos processos que estavam sob responsabilidade de Patrícia já foram analisados pelos promotores destacados para atuar na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, após o assassinato da magistrada.
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