A tecnologia era um dos grandes aliados do bando do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, na Favela da Rocinha, em São Conrado, para proteger seu arsenal. A quadrilha que comandava a venda de drogas utilizava aparelho eletrônico com sistema via satélite para localizar e monitorar as armas enterradas na mata ou até em ruas.
O rastreador pode emitir uma mensagem de texto para a central de monitoramento ou diretamente para o celular de quem comprou a tecnologia | Foto: João Laet / Agência O Dia
O aparelho, encontrado pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) na Rua 3, terça-feira, revela a preocupação do bando em achar rapidamente as armas escondidas e com os possíveis desvios por rivais ou traidores do grupo.
Trata-se de rastreador via GPS portátil, que funciona através de um chip de telefone celular e pode ser comprado pela Internet por valores entre R$ 400 a R$ 800. É do tipo usado para localizar automóveis. Ao ser movimentado, o rastreador emite mensagem de texto para central de monitoramento que retransmite a informação para outro celular, informado pelo comprador da tecnologia, no caso da Rocinha, um traficante. Também indica onde está o objeto procurado.
A mensagem segue com o endereço de página na Internet, através da qual o bandido com um login e uma senha podia acessar a localização exata do armamento. A polícia não sabe há quanto tempo o tráfico usava o equipamento, mas afirma o uso de GPS para localizar armamento escondido é novidade.
“Nunca tinha visto o tráfico usar este tipo de equipamento. Mas qualquer um poderia utilizá-lo”, comentou o subcomandante do Bope, major André Batista.
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