Após sete meses de negociações, os senadores aprovaram em plenário, ontem à noite, o novo Código Florestal. Foram 58 votos a favor e oito contra a polêmica reforma ambiental.
Agora, o texto volta para a Câmara dos Deputados e, a partir daí, para a Presidência da República. Depois de cinco horas de debates, o texto-base do projeto foi votado em 22 minutos. A ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, comemorou o resultado.
Na sequência da aprovação do texto-base, em torno das 22h30min, os senadores passaram a votar as emendas apresentadas à proposta. Das 81 mudanças sugeridas, o relator Jorge Viana (PT-AC) acatou 26, que foram aprovadas pelos parlamentares. Já os quatro destaques propostos foram rejeitados pela Casa.
Apesar dos esforços do PSOL para criar obstáculos regimentais que adiassem a análise do Código Florestal, o acordo pavimentado na última semana entre governo e oposição facilitou a discussão do projeto. Os dois relatores da proposta no Senado – Luiz Henrique da Silveira (PMDB), na Comissão de Agricultura, e Viana, na Comissão de Meio Ambiente – aproveitaram o horário do almoço para costurar os detalhes. Luiz Henrique se reuniu com colegas ligados ao agronegócio para combinar o rito da votação. Viana se encontrou com a bancada petista para repassar as orientações do Planalto.
Na Esplanada, críticas de ecologistas e estudantes
Do lado de fora do Congresso, antes da votação, ecologistas e estudantes estenderam faixas contra a reforma ambiental e acamparam nos gramados da Esplanada. De frente para o Palácio do Planalto, na Praça dos Três Poderes, integrantes do Greenpeace inflaram um balão em formato de motosserra para protestar contra a reforma ambiental.
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