O comércio de Ilhéus virou uma feira livre. A desorganização impera. Vendedores de frutas, alto-falantes em decibéis acima do permitido e até comerciantes que ocupam as calçadas como se elas fossem uma extensão da sua própria loja. Não é de hoje a desorganização da área. Mas é agora, no período da alta estação, que os problemas surgem de forma mais evidente.
Sem controle da Prefeitura, o pedestre divide espaços públicos com comércio de ambulantes que competem com as lojas, sem necessitar pagar um só centavo de alvará de funcionamento. "É uma competição desigual", lamenta um comerciante da Dom Pedro II. "As autoridades não exercem o seu poder como ordenadores e responsáveis pelo´cumprimento do Código de Posturas da cidade", completa.
Procurado pela reportagem, o secretário de Serviços Urbanos, Gérson Marques, discorda. "Nos últimos dias já emitidos cerca de 110 multas por infrações cometidas pelos comerciantes", garante. Mas ele revela que a grande maioria das infrações registradas está relacionada ao alto volume em caixas de som que promovem as mercadorias e serviços de alguns estabelecimentos. Na manhã desta quinta-feira (08), o Jornal Bahia Online flagrou equipes de Fiscalização circulando ao lado da bagunça, sem que nenhuma medida organizativa ou punitiva fosse tomada.
Marques justifica. "Para coibir e retirar ambulantes do comércio a ação necessita de um planejamento mais apurado". De acordo com o secretário, ações de retirada sempre causam situações de resistência - tanto dos ambulantes quanto da própria população - que merecem um trabalho mais planejado das equipes. Enquanto isso, no Centro Histórico de Ilhéus - onde fica localizados os Calçadões da Dom Pedro II e Marquês de Paranaguá -, o comércio formal convive com vendedores de côco, umbu, CDs e DVDs ilegais, óculos falsificados e até o Jogo do Bicho. É ou não é uma feira livre?
http://www.jornalbahiaonline.com.br/index.asp?noticia=16186
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