Desde o dia 1º de dezembro, quando o governo estadual intensificou a fiscalização da lei seca, 605 condutores se negaram a fazer o teste do bafômetro ou apresentaram teor de álcool no sangue acima do permitido por lei. Em ambos os casos, o motorista pode perder o direito de dirigir por um período de um ano. O balanço parcial da operação mostra que, diariamente, uma média de 30 motoristas vivenciam alguma das duas situações. O Departamento de Trânsito (Detran) ressalta que todos podem recorrer a três instâncias administrativas, direito assegurado pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Só ao final do processo é que a multa é aplicada.
Na volta para casa depois de uma confraternização do trabalho da esposa, o administrador de empresas Marcos Antônio Gomes, 54 anos, parou numa blitz na Avenida Sigismundo Gonçalves, em Olinda, Grande Recife, na última terça-feira. Ao ser convidado a fazer o teste de alcoolemia, se recusou a soprar o bafômetro, mesmo afirmando ter bebido apenas uma dose de Martini. Ontem, o administrador foi à sede do Detran, na Iputinga, Zona Oeste do Recife, buscar a habilitação que havia sido retida. "Decidi não arriscar", contou.
Outras 458 pessoas tiveram atitude semelhante à de Marcos Antônio e disseram não ao teste de alcoolemia. O balanço parcial da lei seca mostra que os que foram autuados por recusa representam 75% do total.
Outros 146 condutores enfrentaram o bafômetro e foram reprovados. Deste grupo, 38 motoristas estavam com teor de álcool acima de 0,33 grama por litro e tiveram que ser encaminhados a uma delegacia e depois liberados.
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