sexta-feira, dezembro 09, 2011

Salvador receberá verba federal para obras do metrô, diz ministra

A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, disse nesta quinta-feira (8), em audiência pública no Senado, que o governo federal deve anunciar ainda este ano um projeto de implantação de metrôs em cidades com mais de 700 mil habitantes.

Segundo ela, o ministério selecionou até agora quatro municípios para receberem obras de metrô com financiamento federal: Salvador, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. "Mais duas ou três cidades estão fechando antes da presidente [Dilma Roussef] fazer o anúncio global", disse.

Em setembro o ministro das Cidades Mario Negromonte já tinha adiantado que Salvador, Porto Alegre e Belo Horizonteterá eram as capitais cotadas para receber recursos da União através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para construção dos metrôs.

De acordo com Miriam, a área de mobilidade urbana é "prioritária para a presidente". "Nos próximos meses devem ser anunciados os outros municípios. São todos municípios com mais de 700 mil habitantes para resolver o problema do trânsito urbano", disse a ministra.

Outra área que é prioridade, segundo Miriam, é o financiamento habitacional. Da meta de R$ 64 bilhões do ministério, R$ 55 bilhões foram emprestados em 2011, informou a ministra.

Na Comissão de Infraestrutura do Senado, a ministra apresentou a parlamentares nesta manhã os resultados e metas da segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). O PAC inclui investimentos em transportes, energia, mobilidade urbana e habitação.

Ela disse que o governo federal executou, até o final de novembro, R$ 22,8 bilhões no programa neste ano. Desse total, porém, R$ 16,4 bilhões são de restos a pagar, ou seja, investimentos feitos com verbas de orçamentos de anos anteriores.

Miriam respondeu a questionamentos dos senadores sobre a baixa execução do PAC 2. O balanço do programa divulgado em novembro apontou que neste ano, até setembro, foram concluídas 11,3% das obras previstas para este e os próximos dois anos.

"Os desafios do PAC são imensos, mas considero que quem executou 82% das obras previstas e executou 94% dos recursos até 2010 [no PAC 1] tem como apresentar resultados", disse.

Segundo ela, desde o início da primeira versão do PAC, em 2008, o governo tem enfrentado problemas estruturais que dificultam a execução das obras. "Nossos ministérios estavam há muito tempo sem investir em infraestrutura. A maioria das prefeituras não tinha nem área de habitação. As empresas privadas estavam subutilizadas. A carreira de engenheiro, antes do PAC, estava desvalorizada", afirmou.

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