sexta-feira, dezembro 09, 2011

Mesmo com inflação maior, governo planeja cortar juro

Os alimentos, mais uma vez, fizeram a inflação acelerar em novembro. E, assim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou para 0,52% em novembro, bem maior do que a taxa de 0,43% de outubro e ligeiramente acima do que o mercado esperava (0,50%). No ano, o índice acumula variação de 5,97% e, em 12 meses, cai para 6,64%, recuando em relação à taxa de outubro (6,97%). Apenas uma inflação de até 0,50% em dezembro permitiria que o país fechasse o ano com o IPCA dentro do teto da meta, que é de 6,5%, informou o IBGE. Mas muitos analistas colocam sob dúvida essa previsão, já que, além dos alimentos, o preços dos serviços vêm pressionando o índice. O Banco Central (BC), por sua vez, considera que o IPCA veio dentro do esperado e já abandonou o cumprimento da meta este ano. Agora, persegue o objetivo central de 4,5% em 2012. A autoridade monetária está confiante de que o pico do IPCA foi alcançado no terceiro trimestre deste ano e a tendência daqui para a frente é de queda, reforçando na instituição a estratégia de cortes da taxa básica de juros.

- Os alimentos são praticamente metade da inflação de novembro (48%), com variação de 1,08%. O preço das carnes aumentou 2,63% no mês, por motivos de sazonalidade, pressão de demanda no fim do ano e aumento dos custos de produção. Com isso, foi o item que mais impactou no índice, que leva a reboque os preços dos suínos e do frango. Ainda assim, o alimento, que subiu menos do que em novembro passado (10,67%), está no ano mais em conta (-0,49%) - disse Eulina Nunes, economista do IBGE.

Entre os alimentos, houve outros pontos de alta, mostrou o IBGE. Ficaram mais caros em novembro o frango (3,13%), o café (2,64%) e arroz (0,48%). Em movimento contrário, o leite ficou 2,02% mais barato, sendo a principal pressão para baixo.

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