O Centro do Recife voltou a viver um dia de confusão, medo e violência com o segundo protesto realizado pelos estudantes contra o aumento de 6,5% no valor das passagens de ônibus da Região Metropolitana, que entrou em vigor domingo. Nem mesmo a chuva fez os jovens desistirem da manifestação. Quase no fim do movimento, que durou mais de quatro horas, aconteceram dois confrontos entre a Polícia Militar e os estudantes, deixando três jovens detidos e um ferido.
O pânico tomou conta do Centro e das pessoas que transitavam pelas vias ou estavam nos coletivos. Muitas até aprovavam a manifestação, mas repudiavam e se desesperavam com a violência. O pior momento aconteceu na primeira investida da PM contra os estudantes, na Ponte Duarte Coelho, entre as Avenidas Conde da Boa Vista e Guararapes. Depois de quase três horas de caminhada pelo Centro, o comando do 16º Batalhão da PM decidiu dispersar o movimento e o Batalhão de Choque (BPChoque) entrou em cena. Bombas de efeito moral e balas de borracha foram lançadas e disparadas na direção dos estudantes, que chegaram a se ajoelhar diante dos policiais, num sinal de que não queriam confronto.
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