A pressão da população falou mais alto e o prefeito Marcio Lacerda (PSB) decidiu vetar o reajuste de 61,8% para os 41 vereadores a partir de 2013. A decisão foi comunicada na manhã de ontem aos parlamentares e, conforme antecipou com exclusividade o Estado de Minas na edição de sexta-feira, o prefeito se valeu de argumentos técnicos. A Procuradoria Geral do Município entende que os termos do projeto são inconstitucionais e, juridicamente, o salário da Câmara não pode ser estabelecido em percentuais diretamente vinculados aos vencimentos dos deputados estaduais.
O veto, que vai representar uma economia de R$ 14.129.526,60 aos cofres públicos nos próximos quatro anos, foi construído em meio a 38 dias de uma forte pressão popular, marcada por queixas, protestos nas ruas, correntes virtuais e até ligações de populares para gabinetes da PBH. Em ano eleitoral, um erro técnico foi o artifício usado pelo prefeito para driblar o abacaxi que caiu em suas mãos: escolher entre agradar os vereadores ou a população.
Pré-candidato à reeleição, Lacerda poderia perder votos se optasse, como antigos prefeitos, por lavar as mãos sobre o aumento. Responsáveis pelas manifestações atribuíram diretamente ao chefe do Executivo a responsabilidade de barrar a "farra" dos vereadores.
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