segunda-feira, janeiro 16, 2012

Desafio histórico

Cidades históricas mineiras enfrentam o desafio de se reeguer e proteger o patrimônio depois de ter encostas e monumentos castigados por temporais e deslizamentos. Equipe federal começa por Ouro Preto e Mariana levantamento de risco geológico
Junia Oliveira e Valquiria Lopes
Algumas das principais cidades históricas mineiras enfrentam com a temporada de chuvas um desafio ainda maior que os demais núcleos urbanos castigados por enchentes e deslizamentos. Com topografia acidentada, infraestrutura modesta, casario e monumentos frágeis, castigados pelos rigores do clima há séculos, cidades como Ouro Preto e Mariana, na Região Central, e Sabará, na Grande BH, tentam se reerguer com a missão de proteger o patrimônio e recuperar bens atingidos pelos temporais ou que já precisavam de reformas antes mesmo da estação das águas, além de resgatar uma de suas principais fontes de receita: o turismo. A extensão da tarefa em Ouro Preto e Mariana começou a ser medida no fim de semana, em um trabalho do CPRM – Serviço Geológico do Brasil, ligado ao Ministério das Minas e Energia, que se estenderá por todas as regiões do estado afetadas.
As duas joias do barroco mineiro foram as primeiras cidades do estado, ao lado de Além Paraíba, na Zona da Mata, a receber uma força-tarefa formada por geógrafos, hidrólogos e geólogos que começaram o levantamento para que sejam conhecidos onde estão e qual é a extensão dos riscos geológicos nos municípios. As avaliações foram determinadas no início da semana passada pela presidente Dilma Rousseff, e vão contemplar também Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Mas cidades que ficaram fora da rota do grupo, como Sabará, também esperam socorro do governo federal.

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