Wilman Villar Mendoza, um dissidente cubano de 31 anos, morreu nesta sexta-feira (20) após passar 56 dias em greve de fome na prisão, anunciou a Comissão de Direitos Humanos de Cuba, uma organização não governamental sediada em Havana.
Segundo o jornal The Miami Herald, Villar começou a greve de fome assim que foi preso, em novembro do ano passado. Ele foi condenado a quatro anos de prisão por desrespeito à autoridade, crimes contra o Estado e por resistir à prisão. Villar era membro de um sindicato oposicionista na província de Santiago de Cuba.
Villar foi hospitalizado e respirava por aparelhos nos últimos dias, enquanto sua saúde se deteriorva. Ele desenvolveu uma infecção que se espalhou pela corrente sanguínea nas últimas horas de sua vida, o que danificou o fígado e intestino, de acordo com os médicos do hospital de Santiago.
O governo cubano ainda não se pronunciou sobre o caso. Em fevereiro de 2010, um caso semelhante levou à morte do dissidente Orlando Zapata Tamayo após 85 dias de greve de fome. Na época, o presidente cubano Raul Castro disse que Zapata era um criminoso comum, mas a pressão internacional pode ter ajudado na decisão de libertar cerca de 130 prisioneiros políticos em um acordo com a Igreja Católica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário