O dia 24 de janeiro marcará para sempre a vida da família da ex-funcionária da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, Eliane Almeida de Oliveira. Nesta data, há exatamente dois anos, Francisco Paulo Lins da Silva, um assassino “disfarçado” de motorista, matou covardemente Eliane. Era uma tarde de domingo e o casal estava em sua residência, no bairro Pontalzinho. O corpo ensaguentado de Eliane foi encontrado pouco tempo depois, pelo filho dela.
Não se sabe se Francisco Paulo matou Eliane por ciúmes ou por ela ter descoberto o passado macabro do namorado, que tinha um currículo de crimes, com direito a três mandados de prisão por homicídios cometidos em São Paulo e Goiás. Cometeria mais um, na Bahia. A vítima, Eliene, que não teve tempo para denunciar o pilantra.
O assassino foi encontrado sete meses após o covarde homicídio. Ele estava na cidade de Santa Luzia do Tide, no Maranhão, vivendo com uma professora que poderia ter se tornado mais uma vítima. Felizmente, alguém viu uma foto do bandido no PIMENTA e informou à polícia.
Dois anos depois, Francisco Paulo , que confessou ter matado Eliane, aguarda no Conjunto Penal de Itabuna pelo julgamento. A demora para ouvir a sentença aumenta a dor e a indignação dos amigos e parentes de Eliane.
Outro caso que evidencia a lentidão do sistema repressivo para punir os culpados de crimes bárbaros é o que teve como vítima a professora Rayluciene Pereira Néri, também assassinada em casa, no bairro Alto Mirante, centro de Itabuna, a 25 de janeiro de 2009, quase exatamente um ano antes de Eliene. Um detalhe que torna o crime ainda mais macabro: a professora estava grávida.
Acusado de cometer o assassinato, o marido Everaldo Marques de Souza permanece impune. Em maio do ano passado, a Vara do Júri de Itabuna confirmou que ele seria levado a júri, mais isso ainda não ocorreu.
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