Nem a valorização do dólar muito menos o cenário recessivo da economia na Zona do Euro foram suficientes para impedir que Minas Gerais registrasse, em 2011, o maior número de cidades na lista das 20 brasileiras com melhor saldo na balança comercial. Foram oito, contra cinco em 2010. Além da conquista inédita, nenhum outro estado concentra tantos municípios na lista como mostra levantamento do Estado de Minas a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Se juntaram a Itabira, Ouro Preto, Nova Lima, Varginha e Araxá – que já estavam entre as que exportam mais do que importam – as cidades de Brumadinho, Itabirito e São Gonçalo do Rio Abaixo. Um dos grandes destaques fica por conta dessa última, que em 2010 ocupava a 105ª posição no ranking e hoje aparece em 14º, entrando para o top 10 mineiro. Boa parte do resultado é conferido ao desempenho da mineradora Vale, que elevou a produção de 2,6 milhões de toneladas para 16 milhões no município.
Mas este não é o único caso de destaque. Nova Lima, que saltou do 12º lugar para a terceira posição no país em saldo comercial – atrás apenas de Parauapebas (PA) e Angra dos Reis (RJ) –, praticamente triplicou o valor das exportações no período. Drummond já sabia: se mineiro tem "oitenta por cento de ferro nas almas", a valorização do minério foi a locomotiva para expansão dos valores exportados pelos municípios. No ano passado, o preço médio da tonelada ficou em US$ 167,59, 14% superior à média de US$ 146,71 em 2010.
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