O tenente PM Érico de Carvalho, de 27 anos de idade, está perto de tornar-se um “caveira”, apelido dado aos policiais da Companhia de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar baiana. Nesta segunda, ele foi um dos destaques na aula prática de atirador de elite, uma das últimas etapas do curso para entrar na tropa especial da PM local. O treinamento para os militares foi iniciado no último mês de outubro. O tenente Érico e outros 19 policiais que lutam para entrar na COE tiveram noções básicas de tiro com o potente fuzil de precisão HK PSG1.
A arma tem um alcance de mil metros, com precisão de três centímetros a 100 metros. E o projétil parte do equipamento a uma velocidade de 820 metros por segundo, bem superior à velocidade do som (340 metros por segundo – ou 1.255 quilômetros por hora).
Segundo os especialistas, a arma é ideal para ações policiais de cerco e resgate nos casos de sequestros com risco iminente para a vida dos reféns, devido à precisão. “Gostei de todas as áreas do curso, mas tive maior afinidade com explosivos e tiro de precisão”, declarou o tenente Érico. O militar atualmente está lotado no Grupamento Especializado da Caatinga.
No treinamento feito nesta segunda, os policiais militares realizaram os disparos com os fuzis HK PSG1 a 100 metros dos alvos.
De acordo com o instrutor, o tenente Laerte Jandir Arndt, integrante da Polícia Militar do Amazonas, as situações em áreas urbanas em que é necessária a intervenção de um atirador de elite dificilmente ultrapassam a distância de 100 metros.
“O treinamento que realizamos aqui foi baseado no tiro de imobilização instantânea, em que o atirador deve acertar o bulbo raquidiano do alvo”, explicou o tenente Jandir Arndt.
O atirador de elite busca atingir com o tiro disparado o bulbo raquidiano para imobilizar o alvo. O bulbo raquidiano é um órgão condutor de impulsos nervosos, localizado logo abaixo do cérebro.
Uma pancada nessa área ou a compressão por parte do cerebelo, que se encontra atrás do bulbo raquidiano, pode causar a morte instantânea da pessoa, paralisando os movimentos respiratórios e cardíacos.
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