Um avião lotado cai por mês em Salvador e Região
Metropolitana (RMS). Se você não vê, a gente mostra: em média, 169
pessoas são assassinadas mensalmente na capital e cidades vizinhas,
segundo números dos boletins disponíveis no site da Secretaria da
Segurança Pública (SSP). São mais vidas perdidas que as 154 que caíram
na Floresta Amazônica no acidente do boeing da Gol em 2006, um dos
maiores desastres da história da aviação brasileira.
Ao todo, em 2011 ocorreram 2.037 homicídios em
Salvador e Região Metropolitana – 1.945 registrados nos boletins diários
do site, entre 17 de janeiro e 31 de dezembro, mais 92 mortes dos
primeiros 16 dias do ano, apontadas em balanço mensal também disponível
na página da SSP.
Os números mostram uma redução dos assassinatos em
Salvador com relação a 2010, mas um aumento da violência nos municípios
da RMS. Enquanto na capital a taxa de homicídios por 100 mil habitantes
caiu de 61,26 em 2010 para 53,51 em 2011 (queda de 12,65%), nas cidades
vizinhas esse índice subiu de 66,52 para 70,55 (aumento de 6,05%).
Promessa
“O balanço oficial do ano será fechado até o final deste mês e, com eles em mãos, vamos estabelecer metas de redução de homicídios para 2012. Metas exequíveis, pois não existe mágica no combate à violência”, prometeu o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa.
“O balanço oficial do ano será fechado até o final deste mês e, com eles em mãos, vamos estabelecer metas de redução de homicídios para 2012. Metas exequíveis, pois não existe mágica no combate à violência”, prometeu o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa.
Entre as vítimas de homicídios, a maioria é formada
por jovens de 19 a 29 anos, do sexo masculino. A média de idade dos
mortos é de 27,8 anos, sendo que 109 vítimas tinham menos de 18 anos. A
região mais violenta é a do Subúrbio Ferroviário (Aisp 16), onde está
Fazenda Coutos, bairro que receberá a próxima Base Comunitária de
Segurança. O mês em que mais se matou foi maio (189 mortes), seguido de
outubro (187).
Nos números não estão contabilizados os autos de
resistência - pessoas mortas pela polícia em alegados confrontos. Até
julho, quando o CORREIO publicou a série 1000 Vidas, após o milésimo
homicídio em Salvador, a SSP informou que 77 pessoas morreram em autos
de resistência desde janeiro, na capital e RMS.
À época, Barbosa afirmou que a secretaria passaria a
divulgar esses, o que ainda não aconteceu. Cobrado, o secretário
reiterou o compromisso. “Não há problema em divulgar esses números.
Pretendo fazer isso ainda este ano”.
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