O líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), entrará com uma representação na Procuradoria-Geral da República amanhã, pedindo ao Ministério Público que investigue três denúncias contra o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. Demóstenes entende que o ministro cometeu improbidade administrativa, ao se valer do cargo para fins eleitorais. “A forma como ele tem agido com certeza resultou em mortes que poderiam ser evitadas”, alega.
O senador concorda que o governo, de olho no apoio do PSB, tem procurado blindar o ministro para mantê-lo no cargo. Mas lembra que, na área jurídica, “não tem como preservar” Fernando Bezerra Coelho das acusações. “O governo pode blindá-lo politicamente, juridicamente, no entanto, ele tem de prestar contas. Não é mais um problema de governo”, alega. “Estamos diante de uma questão humanitária, ele pode ter contribuído para a morte de pessoas dos locais que, se tivessem sido atendidos, impediria a tragédia chegar ao ponto em que chegou.”
O senador quer que o Ministério Público apure a denúncia de que o ministro descumpriu com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) proibindo o nepotismo e o decreto presidencial 7.203, de 2010, que reitera a proibição, ao manter no último ano seu irmão Clementino Coelho como presidente interino da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). “Ele feriu o princípio da impessoalidade”, afirma, lembrando.
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