Comissão deliberará sobre a Regionalização do Samu
Uma comissão formada por prefeitos e secretários de saúde que compõe o Conselho de Gestão da Microrregião (CGMR) estará se reunindo nos próximos dias para definir o processo de regionalização do Serviço de Atendimento Móvel – Samu da Microrregião de Itabuna. A iniciativa é uma solicitação do Ministério da Saúde, que através da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) e da Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul, e Sudoeste Baiano (Amurc) reuniu na última terça-feira (14), representantes do Poder Público em um debate sobre a implementação.
No encontro, a coordenadora do Sistema Estadual de Urgência da Sesab, Maria Alcina Romero Boulhosa apresentou o projeto de regionalização, que trata de uma política de ampliação do acesso das ações do sistema Pré-Hospitalar Móvel do Ministério da Saúde, com o objetivo de universalizar o atendimento. “A ideia é sensibilizar os gestores e apresentar muito mais do que um transporte, mas de salvar vidas”, destacou Alcina revelando que a política do MS é de adesão e não de obrigação pelos munícipes.
O projeto do Samu Regional de Itabuna está pronto desde o ano de 2010 e envolve a participação de 22 municípios, incluindo a sua cidade sede e o município de Mascote (Microrregião de Ilhéus) que contempla quatro Unidades de Saúde Avançada (USA) e 10 Unidades de Saúde Básica (USB) para o atendimento de 524.966 habitantes. O propósito segundo Alcina “é formar uma rede de serviços na área de saúde e atender pacientes em emergência cardiovascular, cerebrovascular e traumatologia”.
As unidades serão disponibilizadas em cidades com localização estratégica, visando atender os municípios circunvizinhos. A cidade de Itabuna funcionará como uma Central de Regulação (CRU), dispondo de duas unidades avançadas e três básicas. Nas cidades de Ubaitaba e Camacan estarão funcionando uma unidade avançada e uma básica. Já para os municípios de Coaraci, Ibicaraí, Ibirapitanga e Itajú do Colônia serão disponibilizadas a cada um, uma Unidade de Saúde Básica.
O custo estimado para a CRU é de R$ 98 mil, para as USA R$ 55 mil, para as USB 28 mil e para as Motolâncias a quantia de R$ 14 mil. Dessas despesas o Governo Federal ficará responsável por 50 %, o Governo do Estado por 30 % e os municípios por 20 %. Entre as propostas de ferramentas apresentadas para o repasse das verbas, foi debatida a modalidade de consórcio intermunicipal, no qual todos os municípios se reunirão na Microrregião de Itabuna, com uma contrapartida, que ainda será definida.
Para o presidente da Amurc e prefeito de Ibicuí, Cláudio Dourado o processo de regionalização do Samu é interessante, mas de acordo com ele, a grande preocupação dos gestores é com a manutenção das unidades básicas e avançadas. “O município já possui uma demanda grande na área de saúde, e alguns programas ficaram defasados, por isso, é preciso mais clareza para que a implementação do serviço não se desgaste no decorrer do processo”, declarou.
Em outro momento do encontro, a representante da Sesab, Maria Alcina realizou mais uma apresentação do projeto de regionalização aos secretários e técnicos municipais, que, por sua vez apontaram diversas alternativas e pendências, a serem solucionadas através de reuniões da comissão formada para deliberar sobre o processo de regionalização. Entre os posicionamentos, o secretário de saúde Geraldo Magela destacou que a ideia “é avançar junto a um Consórcio Intermunicipal democrático, até para investir em outras áreas da saúde”.
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