Os 272,6 mil aposentados do Distrito Federal possuem um potencial econômico de dar inveja a qualquer mercado consumidor. Representam 10% da população, mas respondem por 23,6% do total de rendimentos da capital do país. Significa dizer que praticamente um em cada quatro reais recebidos todos os meses pelos brasilienses está nas mãos dos idosos. Somadas, aposentadorias e outras rendas desse público movimentam, por mês, R$ 938,1 milhões. Levando-se em conta o 13º salário, o montante médio mensal ultrapassa a marca de R$ 1 bilhão. Anualmente, a grana dos brasilienses inativos supera o faturamento de gigantes da indústria e das empresas mais rentáveis dos setores varejista e de seguros em todo o país.
Puxada pelo rendimento do funcionalismo público, a média salarial dos aposentados, de R$ 3.441,40, é maior que o dobro da renda per capita geral do DF, calculada em R$ 1.503 — a mais alta entre as unidades da Federação. Na comparação com a média das aposentadorias pagas no restante do país — cerca de R$ 1.038,74 —, os inativos do DF ganham três vezes mais. No Lago Norte e no Lago Sul, as áreas mais nobres do DF, a renda média dos aposentados passa de R$ 10 mil, enquanto em regiões como o Itapoã o valor encontrado é de apenas R$ 708,80: uma diferença de 15 vezes.
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