sábado, março 10, 2012

Bicho manipulava resultados de caça-níqueis à distância

Policiais do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) estouraram ontem uma central de apuração e manipulação de apostas de máquinas caça-níqueis, que funcionava por controle remoto, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. A fortaleza, que, segundo a polícia, pertencia ao bicheiro Fernando Iggnácio, tinha 20 computadores ligados a uma rede de transmissão de dados, acessada com um controle biométrico (por meio da impressão digital), e que alterava à distância os resultados dos caça-níqueis. Durante a operação, uma pessoa foi detida.
Segundo a polícia, caso uma máquina estivesse dando lucro ao apostador, o sistema poderia ser alterado por um operador de dentro da fortaleza. Para o delegado José Resende, titular da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), não há dúvida que o sistema era usado pela máfia do bicho para manipular as apostas.
— O sistema de controle emitia sinais repassados para os locais de aposta. Isto é um indício de manipulação de resultados. As máquinas tinham componentes e placas importadas ilegalmente — disse o delegado, que abriu inquérito para apurar crimes de formação de quadrilha, contrabando e descaminho.

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