quinta-feira, março 29, 2012
Dilma e Brics na guerra cambial
Balancear as tensões decorrentes de diferentes economias que formam o grupo das principais nações emergentes do planeta é, de fato, tarefa para Ganesh, divindade indiana da prosperidade, equilíbrio e da sabedoria, superação de obstáculos e sucesso. A paz e quietudade do deus hindu, um dos muitos símbolos religiosos do país que abriga esta semana a reunião dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), contrasta com o tom que o grupo deve adotar contra a estratégia, em espécie de "choradeira sobre o dólar derramado". O tom pesado que o governo brasileiro vem adotando contra o que a presidente Dilma chamou de "tsunami monetário" deve ser assumido pelos países que formam os Brics, reunidos em Nova Délhi. Seria resposta à política cambial das chamadas economias centrais, que provocam enxurrada de moedas no mercado internacional para ajudar a resolver suas crises. A mesma estratégia artificial para conter a valorização da moeda usada pelos americanos com o dólar também segura a competitividade do iuan, moeda da China, integrante do grupo. Ela também destacou a "necessidade" de Brasil e Índia terem assentos permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).
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