quinta-feira, maio 31, 2012

Bombeiros abafam crise com o STF

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se esforçaram ontem para passar uma imagem de normalidade, numa tentativa de diminuir o desgaste provocado pelo embate entre o ministro Gilmar Mendes e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo relato de Gilmar, Lula o procurou e sugeriu que poderia protegê-lo das investigações da CPI do Cachoeira. Em troca, Gilmar Mendes ajudaria a adiar o julgamento do mensalão para o ano que vem. Segundo o presidente do STF, ministro Ayres Britto, o episódio não provoca crise institucional. - Aqui ninguém está abalado com isso, no sentido de predisposição seja para condenar ou absolver. Isso não interfere no nosso dever de julgar tecnicamente essa causa. Já o ministro Marco Aurélio Mello defendeu tanto Lula como Gilmar Mendes. Segundo ele, a preocupação de Lula em torno do mensalão é compreensível. Também disse que Gilmar Mendes não precisa de proteção, uma vez que ele não está sendo investigado pela comissão. - Ele (Lula) está integrado a um partido. Há quem diga que ele é o partido. E há pessoas do partido acusadas. Então é natural que ele leve seu ponto de vista (...) o ministro não precisa ser protegido. Ele não está sendo investigado. Gilmar Mendes, que deu várias declarações a respeito do assunto nos últimos dias, preferiu não falar a respeito ao entrar no Supremo ontem. Já Ayres Britto disse que o STF não vai fazer uma defesa pública de Gilmar: - O ministro Gilmar não pediu absolutamente nada para que o tribunal se manifestasse ou coisa que o valha. Ninguém tomou essa iniciativa porque entendeu que não há gravidade suficiente para isso. Começamos a sessão do jeito mais natural possível.

Nenhum comentário: