Em resposta ao ataque de traficantes à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Nova Brasília, que matou a soldado Fabiana Aparecida de Souza, de 30 anos, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) cercou e ocupou o Complexo do Alemão por tempo indeterminado. Desde a noite de segunda-feira, homens de seis batalhões especializados e operacionais também vasculharam becos e vielas, revistaram suspeitos e checaram informações do Setor de Inteligência da polícia. Até o fim da noite desta terça-feira, três suspeitos do crime foram presos e um adolescente, apreendido. O reforço do Bope no Alemão pode adiar os planos da Secretaria de Segurança de ocupar a Favela do Jacarezinho. A data da ocupação seria no início de agosto e o planejamento está praticamente fechado. Como fizeram há dois anos, quando ocuparam pela primeira vez o Alemão, homens do Bope voltaram a fazer varredura em busca dos responsáveis pelo ataque, que deixou marcas na sede e no posto avançado da UPP, além de atingir carros e fachadas de casas. Equipes do Batalhão de Ações com Cães (BAC) percorreram a mata que cerca o complexo, enquanto agentes do Choque, 22º BPM (Maré), 16º (Olaria) e de outras UPPs, apoiaram ações dentro e no entorno das comunidades. O Disque-denúncia (2253-1177) recebeu 17 ligações sobre o ataque até as 18h desta terça-feira. O coordenador das unidades, coronel Rogério Seabra, disse que a ação não vai interferir no processo de pacificação. “Chegamos para ficar. É irreversível! A morte da Fabiana não foi em vão”, disse.
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