04 julho 2012

Cresce cerco ao golpe 'pagou, virou europeu'

A suposta participação de servidores do Judiciário de Goiás nas adoções irregulares, que funcionam como um esquema de venda de cidadania europeia, será investigada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com base nas reportagens publicadas pelo Correio, a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, disse ontem que "há indícios de fraude" na liberação de adoções de adultos no estado de Goiás. Em apenas 18 meses, foram quase 80 pedidos dessa natureza. Com a determinação do CNJ, a Corregedoria de Justiça de Goiás terá que começar a apurar os fatos imediatamente. Eliana Calmon determinou que o Judiciário goiano informe sobre os resultados do levantamento em um prazo máximo de 60 dias. Além disso, no despacho, a ministra estabeleceu ainda a necessidade de repassar informações a outras entidades, como o Conselho Nacional do Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Superintendência da Polícia Federal em Goiás. A informação de que alguns pedidos de adoção eram deferidos sem a consulta prévia ao Ministério Público causou estranhamento à corregedora nacional de Justiça. Para a ministra Eliana Calmon, o MP deveria ser ouvido nesses casos, antes da autorização para alterar a Certidão de Nascimento dos cidadãos brasileiros. "São processos de adoção internacional, é preciso ter muito cuidado", comentou a corregedora nacional de Justiça.

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